Estudo inclui vacinas de difteria, hepatite B, sarampo, coqueluche, tétano e febre amarelaCris Oliveira/Secom PMVR

As vacinas salvaram pelo menos 154 milhões de vidas nos últimos 50 anos, o equivalente a seis vidas por minuto, segundo um estudo da OMS publicado pela revista científica 'The Lancet' nesta quarta-feira (24).
A Organização Mundial da Saúde destaca em um comunicado que essa estimativa é "limitada", porque o estudo cobre apenas a vacinação contra 14 doenças, entre elas difteria, hepatite B, sarampo, coqueluche, tétano e febre amarela.
OMS, Unicef, a aliança de vacinas Gavi e a Fundação Bill e Melinda Gates apresentaram a campanha conjunta "Humanly Possible" para apoiar esforços de vacinação, que, às vezes, enfrentam sentimentos antivacinas muito fortes, alimentados por teorias de conspiração que circulam nas redes sociais.
O estudo mostra que a grande maioria das vidas salvas pelas vacinas nos últimos 50 anos (101 milhões) foi de lactantes.
A vacinação contra as 14 doenças contribuiu para reduzir 40% da mortalidade infantil em todo o mundo e em mais de 50% na região africana, segundo a OMS.
Entre as vacinas incluídas no estudo, a do sarampo teve o impacto mais significativo na redução da mortalidade infantil, representando 60% das vidas salvas.
Segundo a OMS, essa vacina "provavelmente seguirá sendo a que mais contribui para prevenir mortes", mas está preocupada, já que em 2022 faltou pelo menos uma dose para 33 milhões de crianças.
Por outro lado, graças à vacina contra a pólio mais de 20 milhões de pessoas — que de outro modo teriam ficado paralisadas — podem caminhar, afirma a organização.