Bandeira do Reino UnidoAFP
Reino Unido expulsará adido de Defesa russo acusado de espionagem
Anúncio foi feito pelo ministro do Interior, James Cleverly
O Reino Unido expulsará o adido de Defesa russo em Londres, qualificado pelo governo britânico como "oficial de inteligência militar não declarado", anunciou, nesta quarta-feira (8), o ministro do Interior, James Cleverly.
Em uma declaração ao Parlamento, em sessão dedicada às "atividades maliciosas" atribuídas à Rússia, Cleverly anunciou também que o governo suspeita que várias propriedades desse país em solo britânico teriam sido utilizadas "com fins de inteligência" pelo que perderiam seu status diplomático.
James Cleverly também anunciou "novas restrições aos vistos diplomáticos russos", incluindo a limitação do tempo que os membros da delegação desse país podem passar no Reino Unido.
Segundo o ministro, as medidas adotadas pelo governo britânico e seus aliados nos últimos anos "já tornam o Reino Unido um ambiente operacional extremamente difícil para os serviços de inteligência russos".
Em resposta, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, criticou a decisão de Londres de "usar mentiras descaradas para justificar suas medidas antirrussas".
"Nossa resposta será firme e adequada", acrescentou, sem dar mais detalhes.
Um adido de Defesa é um membro das Forças Armadas que serve em uma embaixada e representa esse setor do governo de seu país no exterior.
A Rússia está mergulhada em um conflito com a Ucrânia desde que iniciou uma operação para invadir o país no final de fevereiro de 2022.
"Nossa mensagem clara à Rússia é de que pare esta guerra ilegal, retire suas tropas da Ucrânia e encerre estas atividades maléficas", afirmou James Cleverly, advertindo que o Reino Unido deve esperar "acusações de russofobia, teorias de conspiração e histeria provenientes do governo russo nos próximos dias".
No final de abril, o Reino Unido pediu o "fim imediato" das "atividades maléficas organizadas pela Rússia" em seu território.
Esta declaração foi dada após a acusação contra um jovem britânico de 20 anos, em Londres, por suposta organização de ataques contra "empresas vinculadas à Ucrânia".
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