Presidente Joe BidenAFP

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reiterou neste sábado (25) sua recusa em enviar soldados americanos para a Ucrânia, ao mesmo tempo em que destacou a liderança global de Washington, respondendo implicitamente às acusações de fraqueza feitas por seu rival republicano Donald Trump.
"Não há soldados americanos em guerra na Ucrânia. Estou decidido a que continue assim, mas nos mantemos firmes com a Ucrânia e estaremos com eles", disse o democrata, dirigindo-se aos formandos da academia militar de West Point.
O presidente russo, Vladimir Putin, a quem Biden descreveu como "um tirano brutal", "tinha certeza de que a Otan se fraturaria" após invadir seu vizinho do Leste Europeu em fevereiro de 2022, disse Biden. "Em vez disso, a maior aliança de defesa da história do mundo está mais forte do que nunca", afirmou.
O Congresso americano aprovou em abril um acordo de ajuda militar para Kiev no valor de US$ 61 bilhões (R$ 314 bilhões), após meses de disputas enquanto as forças ucranianas enfrentavam reveses no campo de batalha devido à escassez de munições e fundos.
Desde então, Biden ordenou o envio de cinco pacotes de ajuda militar à Ucrânia, enquanto a Rússia intensifica sua ofensiva na província de Kharkiv.
Biden também elogiou o papel dos Estados Unidos no Oriente Médio e ressaltou que Washington está conduzindo uma "diplomacia urgente" para garantir um cessar-fogo e trazer de volta para casa os reféns mantidos pelo grupo palestino Hamas.
"Graças às forças armadas americanas, estamos fazendo o que só os Estados Unidos podem fazer como nação indispensável, a única superpotência do mundo", disse.
Biden, em campanha para a reeleição em novembro, também instou os cadetes a cumprirem seu juramento "não a um partido político, não a um presidente, mas à Constituição dos Estados Unidos da América, contra todos os inimigos, estrangeiros e domésticos". Ele os chamou de "guardiões da democracia americana".
"A liberdade requer vigilância constante", acrescentou Biden, que em seus comícios destaca o perigo que Donald Trump representa para a democracia.
O candidato republicano prometeu tomar medidas enérgicas contra o "inimigo interno" se vencer as eleições e evitou descartar a violência política se perder.