Código Penal russo estabelece penas de até cinco anos de prisão para este crimeAlexander Nemenov/AFP

Um cidadão francês foi preso em Moscou acusado de coletar informações sobre as atividades militares da Rússia e de descumprir a obrigação de se registrar como "agente estrangeiro", anunciou nesta quinta-feira (6) o Comitê de Investigação que cuida do caso.
"Durante vários anos, os acusados (...) realizaram a coleta seletiva de informações no campo das atividades militares e técnico-militares da Federação Russa", afirmou o Comitê em um comunicado.
"Para este fim, visitou repetidamente a Rússia, incluindo Moscou, onde manteve reuniões com cidadãos russos", acrescentou o órgão judicial russo.
As autoridades judiciárias, que não divulgaram a identidade do detido, afirmaram que ele não cumpriu a obrigação de apresentar ao órgão competente a documentação necessária para ser registrado como "agente estrangeiro".
O Código Penal russo estabelece penas de até cinco anos de prisão para este crime. As autoridades divulgaram um vídeo do momento da detenção do suspeito em que um indivíduo, com o rosto desfocado, é abordado em um terraço por agentes de segurança para ser detido.
A agência estatal TASS informou, citando as forças de segurança, que o cidadão francês detido chama-se Laurent Vinatier, nascido em 1976 e que trabalha no Centro para o Diálogo Humanitário, uma ONG suíça.
O francês identificado como suspeito pela TASS é um colaborador externo do Instituto Jacques Delors, com sede em Paris, e é descrito no seu site como "um especialista no mundo pós-soviético, no Cáucaso e na Ásia Central".