Gordon Black, 34 anos, foi julgado este mês por um tribunal na cidade de VladivostokAFP

Um tribunal russo condenou nesta quarta-feira, 19, a três anos e nove meses de prisão, um soldado dos Estados Unidos acusado de ameaças de morte e roubo.
Nos últimos anos, vários cidadãos norte-americanos foram detidos e condenados a penas de prisão severas na Rússia. Washington, que apoia a Ucrânia contra a ofensiva russa, acusa Moscou de querer trocar estas pessoas por russos detidos nos Estados Unidos.
Gordon Black, 34 anos, foi julgado este mês por um tribunal na cidade de Vladivostok, leste do país. O soldado norte-americano foi detido no mês passado na Rússia, para onde viajou para se encontrar com uma mulher russa com a qual iniciou um relacionamento quando estava em serviço na Coreia do Sul.
Black foi processado por acusações de ameaças de morte e agressão contra sua namorada russa. Também foi acusado de supostamente ter roubado 10.000 rublos da vítima, o equivalente a pouco mais de 100 dólares (540 reais na cotação atual), informaram fontes judiciais.
A namorada, identificada pela imprensa russa como Alexandra Vashuk, denunciou Black à polícia. O soldado se declarou "parcialmente culpado" de roubo e inocente das acusações de ameaças de morte, segundo a imprensa estatal.
A mulher acusou Black durante o julgamento, que começou em 6 de junho, de ter tentado estrangulá-la durante uma briga no apartamento que dividiam e afirmou que o réu posteriormente roubou dinheiro dela para pagar um hotel. O soldado acusou Vashuk de começar uma briga depois de beber.
O casal se conheceu em outubro de 2022 na Coreia do Sul por meio do app de encontros Tinder. Em seguida, ela o convidou a visitar Vladivostok. Os advogados do norte-americano pretendem apresentar recurso contra a sentença, segundo a agência TASS.