Donald Trump antes de tentativa de assassinato na PensilvâniaAFP
'Era para eu estar morto', afirma Trump em primeira entrevista após ataque
De acordo com o 'New York Post', o republicano elogiou a ligação que recebeu do presidente Joe Biden
O ex-presidente e candidato republicano nas eleições dos Estados Unidos, Donald Trump, deu a primeira entrevista a um veículo de imprensa após sofrer uma tentativa de assassinato durante um comício na Pensilvânia. Em conversa a caminho da convenção do seu partido, que começa nesta segunda-feira (15) em Milwaukee, no estado de Wisconsin, ele refletiu sobre como sobreviveu.
Mostrando ao repórter do "New York Post" um grande hematoma no antebraço direito, que o magnata disse ter sofrido quando agentes correram para o palco como "linebackers" para protegê-lo, Trump afirmou: "Era para eu estar morto". "Por sorte ou por Deus, muitas pessoas estão dizendo que é por Deus que eu ainda estou aqui", acrescentou.
O ex-chefe do Executivo foi retirado do palco após disparos serem ouvidos. Um dos tiros acertou de raspão a orelha de Trump, que foi então protegido por seus guarda-costas. Em seguida, o empresário foi encaminhado a um hospital.
Segundo o FBI, o autor dos disparos identificado como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, foi morto no local. Os tiros também provocaram a morte de Corey Comperatore, um bombeiro de 50 anos, que acompanhava o comício. Além disso, outros dois espectadores, também do sexo masculino, foram socorridos em estado grave e encaminhados ao hospital. Todas as vítimas são adultas.
"Eles atiraram nele entre os olhos", contou o ex-presidente, acrescentando que "fizeram um trabalho fantástico". O que aconteceu "é surreal para todos nós", destacou Trump, sem alimentar controvérsias sobre falhas na segurança do comício.
Durante a entrevista, Trump tinha uma "bandagem branca grande e solta cobrindo sua orelha direita" e sua equipe disse que o veículo não poderia tirar nenhuma foto dele, segundo o "Post".
O magnata abordou as fotos dele levantando o punho e dizendo: "Lute!", enquanto tinha sangue no rosto. "Muitas pessoas dizem que é a foto mais icônica que já viram", afirmou o republicano. "Eles estão certos e eu não morri. Normalmente você tem que morrer para ter uma foto icônica."
Trump disse ao jornal que queria continuar falando após o tiroteio, mas o Serviço Secreto insistiu que ele fosse ao hospital. "Eu só queria continuar falando, mas acabei de levar um tiro", afirmou.
O magnata ainda disse que apreciou a ligação que recebeu do presidente Joe Biden. Ele considerou a conversa entre os dois de "ótima" e "muito simpática". O jornal relatou que Trump sugeriu que a campanha entre eles poderia ser mais civilizada de agora em diante.
Também na entrevista, Donald Trump afirmou estar trabalhando em um novo discurso, com o objetivo de quebrar a polarização nos Estados Unidos. "Eu quero unir nosso país, mas não sei se isso é possível. As pessoas estão muito divididas", apontou.
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