Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony BlinkenAFP
Blinken vai se reunir com chefe da diplomacia chinesa no Laos na próxima semana
Secretário de Estado americano não especificou se essa seria uma reunião bilateral ou parte de um encontro mais amplo
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, informou, nesta sexta-feira (19), que se reunirá com seu par chinês, Wang Yi, na próxima semana, durante um encontro ministerial no Laos, no sudeste da Ásia.
"Falo com ele com bastante regularidade e o verei na próxima semana no Laos”, disse Blinken durante um fórum de segurança realiazdo no estado do Colorado, no oeste dos Estados Unidos, ao mesmo tempo em que celebrou o restabelecimento do diálogo com a China.
O chefe da diplomacia americano não especificou se essa seria uma reunião bilateral ou parte de um encontro mais amplo.
"Temos restabelecido compromissos regulares de alto nível entre nossos países, o que é de vital importância, pois, se quisermos evitar qualquer tipo de conflito indesejado, temos que começar pelo diálogo, nos comunicando", disse Blinken no evento. Ele também mencionou um "ritmo constante" de contatos entre autoridades de ambos os lados, inclusive entre militares.
"É importante porque podemos nos comunicar com muita clareza sobre nossos pontos de discordância. Assim, a China pelo menos sabe para onde estamos indo, da mesma forma em que nós sabemos para onde eles vão. Este é o caso do Mar do Sul da China. Este é o caso de Taiwan", detalhou.
Na próxima semana, o Laos sediará uma reunião de ministros das relações exteriores da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean).
Blinken visitou a China no final de abril, onde se reuniu com o presidente chinês Xi Jinping, que lhe pediu que os dois países fossem "parceiros, não rivais".
Essa foi a segunda visita do chefe da diplomacia americana a Pequim em menos de um ano. Wang Yi também esteve em Washington.
Apesar das tensões, as relações entre as duas potências mundiais se estabilizaram desde o encontro entre Xi e Joe Biden em novembro de 2023. Entretanto, os pontos de discórdia continuam numerosos, particularmente no que diz respeito ao apoio, segundo Washington, da China à indústria de defesa da Rússia no contexto do conflito na Ucrânia.
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