Ismail Haniyeh foi morto após comparecer na cerimônia de posse do novo presidente iranianoAFP
O Catar, que abriga a liderança política do grupo islamista palestino, do qual Haniyeh era integrante, classificou o assassinato de "crime atroz" e considerou que constitui "uma violação flagrante do direito internacional e do direito humanitário", segundo um comunicado do Ministério das Relações Exteriores.
O primeiro-ministro catari, Mohammed bin Abdelrahman al Thani, questionou a continuidade da mediação. "Os assassinatos políticos e o fato de que os civis continuam no alvo em Gaza [...] nos levam a perguntar como uma mediação pode ter sucesso quando um lado assassina o negociador do outro lado", escreveu na rede social X.
"A paz exige interlocutores sérios", insistiu, no momento em que as negociações para uma trégua em Gaza não mostram sinais de progresso.
O Ministério das Relações Exteriores do Catar reafirmou "a posição firme do Estado do Catar, que rejeita a violência, o terrorismo e os atos criminosos, incluindo os assassinatos políticos, independente das razões e dos motivos".
O Catar abriga o gabinete político do Hamas desde 2012, quando o movimento fechou seu gabinete em Damasco.
A imprensa iraniana informou que o ataque que matou o líder do Hamas atingiu "residências especiais para veteranos de guerra no norte de Teerã", onde ele estava. Ismail Haniyeh compareceu à cerimônia de posse do presidente iraniano, Masud Pezeshkian, em Teerã.
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