Presidentes da Colômbia, Gustavo Petro, e da Venezuela, Nicolás MaduroDivulgação/Governo da Colômbia

A pressão continua aumentando contra o presidente venezuelano Nicolás Maduro. Nesta quarta, 31, seu aliado próximo, o presidente colombiano Gustavo Petro, se juntou a outros líderes estrangeiros para instá-lo a divulgar contagens detalhadas de votos da recente eleição presidencial depois que as autoridades eleitorais o declararam vencedor.
Os comentários de Petro ocorrem enquanto o Conselho Eleitoral Nacional, que é leal ao Partido Socialista Unido da Venezuela, ainda não divulgou nenhum resultado impresso dos centros de votação, como fez em eleições anteriores. Um dia antes, outro aliado de Maduro, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, junto com o presidente dos EUA Joe Biden, pediram a "divulgação imediata de dados de votação completos, transparentes e detalhados no nível das seções eleitorais".
As repreensões seguem o anúncio na segunda-feira, 29, do principal desafiante de Maduro, Edmundo González, e da líder da oposição Maria Corina Machado, de que eles garantiram mais de dois terços das folhas de contagem que cada máquina de votação eletrônica imprimiu após o fechamento das urnas no domingo. Eles disseram que a divulgação dos dados dessas contagens provaria que Maduro perdeu a eleição.
"As sérias dúvidas que surgiram em torno do processo eleitoral venezuelano podem levar seu povo a uma polarização violenta profunda com sérias consequências de divisão permanente", disse Petro na quarta-feira em uma postagem no X, antigo Twitter.
"Convido o governo venezuelano a permitir que as eleições terminem em paz, permitindo uma contagem transparente de votos, com a contagem de votos e com a supervisão de todas as forças políticas de seu país e supervisão internacional profissional", acrescentou.