Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Nasser KananiAFP

O Ministério das Relações Exteriores iraniano rejeitou nesta segunda-feira (9), as acusações de países ocidentais de que Teerã havia fornecido armas à Rússia para a guerra na Ucrânia.
"Rejeitamos categoricamente as acusações de que o Irã participou da exportação de armas para uma das partes no conflito", disse o porta-voz do ministério, Nasser Kanani, na sua coletiva de imprensa semanal.
Nesta segunda, a União Europeia afirmou que os aliados têm "informações confiáveis" sobre a entrega de mísseis balísticos do Irã à Rússia e alertou que imporia novas sanções a Teerã caso as hipóteses se confirmarem.
"A posição unânime dos líderes europeus sempre foi clara. A União Europeia responderá rapidamente, inclusive tomando novas medidas restritivas significativas contra o Irã", disse o porta-voz da diplomacia do bloco, Peter Stano.
O Kremlin não negou as informações e explicou que a Rússia estava desenvolvendo relações com Teerã em vários setores, mesmo nos "mais sensíveis".
Kanani reafirmou a posição do Irã e declarou que o seu país não era uma "parte interessada" no conflito entre Rússia e Ucrânia.
"Aqueles que acusam o Irã são eles próprios os maiores exportadores de armas para uma das partes em conflito", acrescentou o porta-voz.
O Irã e a Rússia, países aliados, aceleraram a sua aproximação nos setores econômico, energético e militar desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022, e da imposição de sanções ocidentais contra Moscou.