Esqueleto com uma foice no pescoço foi descoberto em um túmulo na PolôniaReprodução
Justyna Kargus, especialista em estudos humanos e sociais e que examina os restos mortais do 'vampiro', acredita que o homem, que morreu na faixa dos 50 anos, sofreu uma morte traumática.
"Seu crânio tinha vários ferimentos, indicando que ele provavelmente tinha muitas cicatrizes profundas no rosto. Durante um dos golpes, ele também perdeu alguns dentes. Ele teria uma aparência diferente das pessoas comuns e isso pode ser assustador", disse Kargus.
Embora não esperassem encontrar um enterro de vampiro em lugar nenhum, é particularmente incomum encontrá-los em igrejas e outros locais religiosos. "Este é o primeiro caso conhecido de um enterro 'antivampiro' em uma igreja", afirma.
"Pessoas suspeitas de serem vampiros eram normalmente enterradas longe das comunidades locais ou em cemitérios. Dentro da igreja, clérigos, benfeitores da igreja, pessoas dignas e particularmente merecedoras eram enterradas. Talvez fosse alguém de mérito na comunidade local, e algo os fez ter medo dele", completa Kargus.
Hastes de metal atravessando corpos ou estacas nos crânios não são incomuns em enterros medievais. Rituais estranhos sempre foram estudados e muitos eram usados para garantir que os mortos permanecessem daquele jeito.
Naquela época, especialmente entre os povos eslavos (no leste europeu), a crença e o medo que envolviam vampiros era abundante. Acredita-se que as autoridades e forças de segurança realizavam execuções de pessoas que acreditavam ser sugadoras de sangue.
Eles também acreditavam que aqueles que morriam prematuramente, principalmente por métodos autoinfligidos, eram propensos a se tornarem vampiros. Para garantir que isso não acontecesse, estacas e peças de metal eram usadas no processo de sepultamento.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.