Durante a gestão Maduro, cerca de 200 funcionários públicos foram presosAFP
O coronel do Exército, de 48 anos, foi preso no domingo, acusado de vínculos com uma "empresa controlada pelo serviço de inteligência" dos Estados Unidos, informou o Ministério Público venezuelano na segunda-feira.
"O Estado venezuelano condena absolutamente qualquer ação ou ato de corrupção, e não apenas condena, mas perseguirá até as últimas consequências qualquer tentativa de traição à pátria", disse Cabello em entrevista coletiva em Caracas.
"E sem dúvida, entregar o cérebro, as operações, a administração, os contratos da principal indústria do país ao governo dos Estados Unidos implica em um ato de traição à pátria. Não cabe a mim acusá-lo, mas é assim que eu vejo", comentou o poderoso dirigente chavista.
A pena máxima para o crime de traição à pátria na Venezuela é de 30 anos.
Tellechea, que também comandou a petroquímica estatal, foi nomeado presidente da PDVSA em janeiro de 2023 e ministro do Petróleo em março, com a promessa de "sanear" a indústria após um escândalo de corrupção que levou à prisão de seu antecessor, Tareck El Aissami.
Após deixar o Ministério do Petróleo em agosto, ele foi designado titular de Indústria. A vice-presidente Delcy Rodríguez o sucedeu na pasta energética.
Durante a gestão Maduro, reeleito para um terceiro mandato em meio a denúncias de fraude da oposição, cerca de 200 funcionários públicos foram presos, entre eles ex-ministros e ex-presidentes da PDVSA.
Rafael Ramírez, ministro do Petróleo entre 2002 e 2014, e ex-presidente da PDVSA de 2004 a 2014, fugiu para a Itália, enquanto Eulogio del Pino e Nelson Martínez, que também ocuparam esses dois cargos, foram presos. Martínez morreu na prisão.
Tellechea escreveu em suas redes sociais que estava deixando o governo por "problemas de saúde".
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