Suposto envio de soldados ocorre depois de o líder norte-coreano, Kim Jong Un, assinar um acordo militar com PutinAFP

A Coreia do Norte enviou 1.500 soldados adicionais à Rússia, afirmou nesta quarta-feira (23) a agência de inteligência sul-coreana, que prevê um total de 10.000 soldados mobilizados no país até dezembro.
"Consideramos que 1.500 soldados adicionais foram enviados à Rússia", o que eleva a quase 3.000 militares atualmente no país", declarou o legislador Park Sun-won, membro do comitê parlamentar de inteligência, após um encontro com o Serviço de Inteligência Nacional (NIS).
Ele acrescentou que o "envio planejado de quase 10 mil soldados da Coreia do Norte deve ser concluído até dezembro".
A agência de espionagem sul-coreana informou na semana passada que Pyongyang decidiu enviar tropas "em larga escala" para a Rússia para apoiar a guerra contra a Ucrânia, consolidando sua aliança com Moscou.
A imprensa estatal norte-coreana não se pronunciou sobre o suposto envio de tropas, que a Rússia também não confirmou.
A Coreia do Sul insiste que o Norte fornece armas à Rússia para uso na Ucrânia.
O suposto envio de soldados ocorre depois de o líder norte-coreano, Kim Jong Un, assinar um acordo militar com o presidente russo, Vladimir Putin, em junho.
A Alemanha anunciou que convocou o embaixador norte-coreano devido ao apoio de Pyongyang a Moscou e o advertiu contra o envio de soldados.
Segundo a imprensa ucraniana, o presidente Volodimir Zelensky afirmou que duas brigadas norte-coreanas, com até 6.000 soldados cada, receberiam treinamento na Rússia.
O canal russo Astra divulgou vídeos no Telegram que supostamente mostram soldados russos e norte-coreanos, com capturas de áudio de frases como "estou cansado" ou "estamos atrasados" pronunciadas com sotaque norte-coreano.