Guterres ressalta que Israel tem o o dever de zelar para que sejam atendidas as necessidades da populaçãoAFP
"A lei, tal como a entendemos, estabelece 90 dias para entrar em vigor. Estamos em contato com as autoridades israelenses. O secretário-geral (...) enviou há algumas horas uma carta ao primeiro-ministro israelense para ressaltar suas preocupações", declarou seu porta-voz, Stéphane Dujarric, ao acrescentar que a organização espera que "não se aplique" a legislação.
Na missiva, à qual a AFP teve acesso, Guterres reitera que se chegar a vigorar, a lei terá "consequências devastadoras" para os palestinos em Gaza e na Cisjordânia, visto que "não existe atualmente nenhuma alternativa realista à UNRWA que possa proporcionar adequadamente os serviços e a assistência requeridos".
Esta agência foi criada em dezembro de 1949 pela Assembleia Geral da ONU a partir do primeiro conflito árabe-israelense, pouco após a fundação do Estado de Israel, em maio do ano anterior.
Em sua carta, Guterres ressalta que Israel, "como potência ocupante, segue tendo o dever de zelar para que sejam atendidas as necessidades da população", considerando que o país tem obrigações com a UNRWA segundo vários acordos.
"Israel seguirá fornecendo ajuda humanitária a Gaza de acordo com o direito internacional, mas a UNRWA fracassou em seu mandato", reagiu o embaixador israelense na ONU, Danny Danon.
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