Donald Trump AFP
No entanto, muitos destacam a imprevisibilidade do futuro presidente norte-americano, cuja política diplomática ficou marcada pelo isolacionismo e a confrontação durante seu primeiro mandato (2017-2021).
Por que a vitória de Trump gera entusiasmo?
Também transferiu a embaixada norte-americana para a cidade sagrada, cuja parte leste está ocupada e anexada por Israel desde 1967.
Trump também reconheceu a soberania israelense sobre as Colinas de Golã, ocupadas por Israel desde 1967, mas reconhecido como território sírio pela comunidade internacional.
A administração Trump afirmou que não considera as colônias israelenses da Cisjordânia ocupada como ilegais, o que contradiz o direito internacional.
Durante seu primeiro mandato, os diplomatas americanos impulsionaram os Acordos de Abraão, que permitiram normalizar as relações de Israel com vários países árabes, o que muitos israelenses veem como uma maneira de garantir a segurança de seu país.
O que os israelenses esperam de Trump?
Zonszein também disse que "a extrema direita e a direita dos colonos" celebraram o resultado, antecipando o retorno de uma política norte-americana favorável aos assentamentos na Cisjordânia ocupada. A nível internacional, vários analistas consideram que Trump favorecerá os interesses de Israel.
Para Yonatan Freeman, especialista em Relações Internacionais da Universidade Hebraica, "levando em consideração o que (Trump) disse e fez, espera-se que seja mais duro com o Irã", inimigo comum de Israel e EUA e aliado do Hamas na Faixa de Gaza e do Hezbollah no Líbano.
Freeman prevê a abertura de negociações impulsionadas pelos Estados Unidos para "um melhor acordo para a segurança de Israel".
Quais são os desafios para o relacionamento EUA-Israel?
Mekelberg mencionou os confrontos ocasionais entre Trump e Netanyahu, especialmente em 2020, quando Trump contestou a vitória eleitoral de Biden e considerou uma traição quando Netanyahu parabenizou o democrata.
Desde então, Trump tem feito declarações contraditórias, entre reiterar seu apoio a Israel e seu desejo de pôr fim à guerra em Gaza. Os dois homens se encontraram em julho durante uma visita do primeiro-ministro aos EUA e pareciam ter se reconciliado.
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