Casa que abrigava pessoas deslocadas foi atingida segundo fonte de segurança AFP/Reprodução

Pelo menos dez pessoas morreram nesta terça-feira (12) em bombardeios israelenses contra uma localidade a leste de Beirute, fora dos redutos do movimento islamista pró-Irã Hazbollah, e contra uma aldeia no sul do Líbano, informou o Ministério da Saúde.

Um "bombardeio do inimigo israelense" na região montanhosa de Aley, a leste de Beirute, "deixou cinco mortos e vários feridos", informou o ministério em um balanço provisório.

Uma fonte de segurança disse à AFP que uma casa que abrigava pessoas deslocadas foi atingida.

Na manhã desta terça-feira, Israel lançou mais de dez bombardeios aéreos na periferia sul da capital libanesa, de acordo com a agência de notícias oficial NNA. Mais cedo, as forças israelenses emitiram ordens de evacuação para vários bairros neste reduto do Hezbollah.

"Aviões de combate israelenses lançaram um violento ataque na rodovia Hadi Nasrallah, no que é o 13º ataque aos subúrbios do sul de Beirute", segundo a NNA.

Testemunhas relataram à AFP que ouviram disparos na área antes dos ataques, que eram tiros de alerta disparados por moradores para que as pessoas saíssem após pedidos de evacuação.
Um bombardeio israelense também matou cinco pessoas em Tefahta, no sul do país, informou o ministério em um comunicado.

De acordo com a NNA, "uma aeronave inimiga lançou recentemente um ataque contra uma casa habitada na cidade de Tefahta".

A agência também relatou ataques israelenses na localidade de Hermel, no leste do país, e em Nabatiyeh, no sul.

Desde o final de setembro, Israel lançou uma campanha de bombardeio e uma ofensiva terrestre no Líbano contra o Hezbollah.

O Exército israelense realiza bombardeios maciços contra os redutos do movimento pró-iraniano no sul e no leste do Líbano, assim como na periferia sul de Beirute.

Segundo autoridades libanesas, mais de 3.240 pessoas foram mortas desde o início dos confrontos em outubro de 2023, quando o Hezbollah abriu uma frente contra Israel em apoio ao seu aliado Hamas na Faixa de Gaza.

A maioria das vítimas foi morta desde o início da ofensiva israelense em setembro.