Primeiro-ministro israelense, Benjamin NetanyahuAbir Sultan / AFP
Netanyahu chama TPI de 'antissemita' após emitir ordens de prisão contra ele
O primeiro-ministro israelense comparou a decisão a um novo 'julgamento de Dreyfus'
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acusou nesta quinta-feira (21) o Tribunal Penal Internacional (TPI) de ser "antissemita" depois que o tribunal de Haia emitiu ordens de prisão internacionais contra ele, e comparou o ocorrido a um novo "julgamento de Dreyfus".
"A decisão antissemita do Tribunal Penal Internacional é comparável a um atual julgamento de Dreyfus que terminará da mesma forma", afirma um comunicado do seu gabinete.
O dirigente refere-se ao caso do capitão judeu Alfred Dreyfus, condenado por traição no final do século XIX na França e que depois foi absolvido e reabilitado.
TPI emissão de ordem de prisão
O Tribunal Penal Internacional emitiu mandados de prisão, nesta quinta-feira (21), contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, além do ex-ministro da Defesa Yoav Gallant e integrantes da cúpula do Hamas, acusando-os de crimes de guerra e crimes contra a humanidade devido à guerra em Gaza e aos ataques de outubro de 2023 que desencadearam a ofensiva de Israel na Palestina.
A decisão transforma Netanyahu e os outros em suspeitos procurados internacionalmente, podendo dificultar as negociações por um cessar-fogo para pôr fim ao conflito que já dura 13 meses. Mas, as suas implicações práticas podem ser limitadas, uma vez que Israel e o seu principal aliado, os Estados Unidos, não são membros do tribunal e vários integrantes do Hamas foram posteriormente mortos no conflito.
'Com informações da AFP'