Tropas militares que entraram na Assembleia Nacional se retiraramAFP

O parlamento da Coreia do Sul se reuniu e votou pela revogação da lei marcial decretada pelo presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol poucos minutos antes, na noite desta terça-feira (3). A decisão foi tomada unanimemente por volta de 1h da manhã desta quarta-feira (4), horário local.
Dos 190 membros presentes, nenhum votou contra a revogação da lei marcial no país. De acordo com o jornal sul-coreano Chosun Ilbo, após a votação, Woo Won-sik, presidente do parlamento, pediu a retirada dos militares da Assembleia Nacional.
"De acordo com a resolução da Assembleia Nacional, o presidente deve suspender imediatamente a lei marcial. A declaração da lei marcial é agora inválido. Pedimos que os militares e policiais dentro das instalações da Assembleia Nacional deixem a Assembleia Nacional imediatamente".
Segundo o artigo 77, parágrafo 5 da Constituição Sul-Coreana, "quando a Assembleia Nacional solicitar o levantamento da lei marcial com a aprovação da maioria dos membros registados, o presidente deverá levantá-la".
Depois que o presidente Yoon Seok-yeol declarou a lei marcial, soldados armados, equipados com óculos de visão noturna e submetralhadoras K1, entraram de helicóptero no prédio principal da Assembleia Nacional à meia-noite desta quarta-feira (4), horário local. Pouco depois que a lei foi revogada pelo parlamento, as tropas militares se retiraram de lá.