Presidente da França, Emmanuel MacronAFP

O presidente francês, Emmanuel Macron, reiterou, nesta quinta-feira (12), em Varsóvia, sua oposição ao acordo comercial negociado entre União Europeia e Mercosul, ressaltando que os agricultores europeus não devem ser "sacrificados" em nome de princípios próprios do "século" passado.
"Muito claramente, nossas agriculturas não serão sacrificados em nome de um mercantilismo do século passado", declarou Macron ao lado do primeiro-ministro polonês Donald Tusk, cujo país também se opõe ao acordo.
Após 25 anos de negociações tortuosas, o Mercosul e a UE concluíram na última sexta-feira, em Montevidéu, o acordo para um tratado de livre comércio que integraria um mercado gigantesco de mais de 700 milhões de pessoas.
O acordo, que no lado da UE foi negociado pela Comissão e não pelos Estados-membros do bloco, deve agora ser ratificado por eles.
E, embora a Alemanha e a Espanha tenham apoiado o acordo, que, do lado sul-americano, diz respeito aos países fundadores do Mercosul (Argentina, Uruguai, Brasil e Paraguai), França e Itália expressaram suas críticas de que o pacto não protege suficientemente seu setor agrícola contra a concorrência do Cone Sul.
Polônia, Holanda e Áustria também estão relutantes em firmar um pacto comercial com o Mercosul.