Crystal Mangum admitiu ter 'inventado' história de estuproReprodução / TV ABC
Mulher condenada por assassinato admite ter inventado acusação de estupro contra jogadores
Crystal Mangum cumpre sentença de 14 a 18 anos por matar o namorado
Uma ex-stripper e assassina condenada confessou, nesta quinta-feira (12), que mentiu e "inventou uma história" ao acusar três jogadores de lacrosse da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, de estupro.
Crystal Mangum admitiu ter traído a confiança dos atletas ao prestar um falso testemunho. "Eles confiaram em mim para não trair a confiança deles, mas eu testemunhei falsamente contra eles, dizendo que eles me estupraram quando, na verdade, não o fizeram, e isso foi errado", afirmou Mangum em entrevista ao meio de comunicação independente "Let's Talk With Kat".
A condenada revelou ter inventado a alegação porque buscava "a validação das pessoas e não de Deus". Atualmente, Mangum está na prisão pelo assassinato em segundo grau do namorado, ocorrido em 2013.
Ela pediu perdão aos ex-jogadores David Evans, Collin Finnerty e Reade Seligmann. "Eu quero que eles saibam que eu os amo, e eles não mereciam isso e espero que possam me perdoar.", afirmou a mulher.
Esta foi a primeira vez que Mangum admitiu publicamente ter fabricado a alegação de estupro, 18 anos após o incidente. Contudo, de acordo com a lei de perjúrio da Carolina do Norte, ela não pode mais ser processada pelo falso testemunho, já que o crime ocorreu em 2006 e o prazo de acusação é de dois anos.
Na época, os jogadores de lacrosse foram presos após as alegações, o que gerou grande repercussão no país. O então promotor distrital do condado de Durham, Mike Nifong, declararou: "Não há dúvida de que ocorreu uma agressão sexual" e alegou que o ato teve motivação "racial".
Em 2006, os três atletas foram suspensos da equipe e da Universidade até serem considerados inocentes e as acusações serem retiradas em abril do ano seguinte. Posteriormente, eles processaram o ex-presidente da universidade, Richard Brodhead, e também a própria instituição, mas o caso foi encerrado por meio de um acordo.
Mangum foi acusada de assassinato em primeiro grau e duas infrações por furto em março de 2011. Atualmente, cumpre uma sentença de 14 a 18 anos.
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