Presidente mexicana Claudia Sheinbaum e o presidente eleito Donald TrumpReprodução/redes sociais
México prepara aplicativo que 'alerta' migrantes ameaçados de deportação nos EUA
Trump prometeu declarar estado de emergência nos Estados Unidos e usar o Exército para realizar uma deportação em massa
O governo do México está preparando um aplicativo com um "botão de alerta" para migrantes diante de uma detenção iminente nos Estados Unidos, após as ameaças de Donald Trump de realizar deportações em massa assim que assumir a presidência.
"Caso você se veja diante de uma detenção iminente, aperte um botão de alerta que envia um sinal para o consulado mais próximo", disse o ministro das Relações Exteriores do México, Juan Ramón de la Fuente, em uma coletiva de imprensa.
O aplicativo também envia um sinal para familiares da pessoa e para o Ministério das Relações Exteriores do México, acrescentou.
O chanceler mexicano afirmou que o app estará pronto em janeiro. "Isto nos permitirá ser alertados no momento em que alguém perceber um risco iminente de que pode ser alvo de alguma detenção", completou.
O ministro também afirmou que o país tem conversado com outros governos da região de onde os migrantes partem rumo aos Estados Unidos, como Guatemala e Honduras, "para ver quais são seus próprios planos de contingência" diante da ameaça de deportações em massa nos EUA. Posteriormente deve haver uma reunião a nível ministerial para discutir a questão, segundo ele.
Trump prometeu declarar estado de emergência nos Estados Unidos e usar o Exército norte-americano para realizar uma deportação em massa de migrantes assim que assumir o cargo em 20 de janeiro.
O magnata republicano de 78 anos, que classifica a entrada de migrantes sem visto pela fronteira com o México como "invasão", adverte que esta será "a maior operação de deportação da história dos Estados Unidos".
A presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, declarou que seu governo está preparando um documento que destaca a contribuição dos trabalhadores mexicanos à economia norte-americana.
Muitos deles permanecem no país vizinho em situação irregular. Migrantes de várias nacionalidades se organizam em caravanas com a intenção de chegar aos Estados Unidos antes da posse de Trump.
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