Avião da Embraer caiu com 67 pessoas a bordo no CazaquistãoAFP

O Cazaquistão anunciou, neste domingo (29), que as duas caixas-pretas do avião da Embraer que caiu no país na última quarta-feira (25) serão enviadas ao Brasil. Representantes da empresa e do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) já haviam sido enviados ao país. 
Neste domingo, o presidente do Azerbaijão acusou a Rússia de ter tentado esconder que o avião foi atingido por tiros disparados a partir do território russo, e exigiu um pedido público de desculpas a Moscou. Desde o incidente, as suspeitas são de que a Rússia pode ter derrubado acidentalmente o avião.

Putin pediu desculpas no sábado (28) ao presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, pelo "trágico acidente" em uma conversa telefônica, mas não disse que o sistema de defesa aérea russo derrubou o dispositivo, hipótese apontada por especialistas dos Estados Unidos e de outros países ocidentais.

O líder do Azerbaijão apontou publicamente a "culpa" da Rússia em uma entrevista a uma rede nacional de televisão, insistindo que o avião "foi derrubado acidentalmente”.

"Sabemos que os sistemas de interferência eletrônica" ativos em Grozny "fizeram com que nosso avião perdesse o controle e sua cauda também fosse gravemente danificada".

Ilham Aliev considerou que as diferentes versões dos acontecimentos apresentadas pela Rússia após o acidente "demonstram claramente que o lado russo queria encobrir o assunto".

"Infelizmente, durante os primeiros três dias após o acidente, não ouvimos nada além de teorias absurdas da Rússia", disse ele em rede nacional, segundo a agência estatal Azertag.

"Admitir a culpa, pedir desculpas a tempo ao Azerbaijão, que é considerado um país amigo, e informar o público sobre isso, são medidas e passos que deveriam ter sido tomados", acrescentou.

O avião Embraer 190, de fabricação brasileira da Azerbaijan Airlines, com 67 pessoas a bordo, fazia um voo de Baku, capital do Azerbaijão, para Grozny na quarta-feira.

O avião caiu e pegou fogo perto de Aktau, um porto do Mar Cáspio, no oeste do Cazaquistão e longe de sua rota normal.
*Com informações da AFP