Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk YeolAFP

Os serviços de investigação sul-coreanos anunciaram, nesta segunda-feira (30), que buscam uma ordem de prisão para o presidente deposto Yoon Suk Yeol por se recusar a ser interrogado sobre a sua fracassada imposição da lei marcial.
"O Quartel Conjunto de Investigação apresentou um pedido de prisão para o presidente Yoon Suk Yeol à Corte do Distrito Oeste de Seul", disse a equipe de investigação em comunicado.
Yoon recusou-se no domingo (29), pela terceira vez, a comparecer a um interrogatório, motivo pelo qual os serviços de investigação apresentaram o pedido.
O líder conservador foi deposto pelo Parlamento em 14 de dezembro e está suspenso das suas funções à espera que a Corte Constitucional decida se valida ou não a decisão dos deputados, estando proibido de sair do país.
Yoon declarou a lei marcial em 3 de dezembro, uma ação que mergulhou a Coreia do Sul na sua pior crise política em décadas.
A crise agravou-se na semana passada, quando o seu substituto interino, Han Duck-soo, também foi destituído pelos legisladores por se recusar a assinar leis que abrem investigações contra Yoon.
O presidente deposto enfrenta acusações criminais por insurreição que podem resultar em prisão perpétua ou mesmo pena de morte.