Acidente deixou 179 mortos na Coreia do SulYonhap/AFP

O presidente da companhia aérea sul-coreana Jeju Air foi proibido de sair do país após o acidente de um de seus aviões que deixou 179 passageiros mortos, informou nesta quinta-feira (2) a polícia.

"A equipe de investigação impôs a proibição de viajar a dois indivíduos, incluindo o presidente da Jeju Air, Kim E-bae", disse a polícia na província de South Jeolla, onde ocorreu o acidente na cidade de Muan.
Confira o que se sabe do acidente até o momento.
'Sinto tanto a sua falta'
As autoridades inicialmente citaram uma colisão com pássaros como a causa provável da tragédia, mas posteriormente também apontaram para a presença de uma barreira no final da pista.

Alguns especialistas sugeriram que o desastre teria sido menos mortal se esse elemento, que abriga um localizador, não fosse de concreto.

No aeroporto de Muan, parentes e moradores locais montaram um memorial improvisado com flores e mensagens para as vítimas do pior acidente aéreo da história da Coreia do Sul.

"Querida, sinto tanto a sua falta", dizia uma nota. Outra dizia: "Minha querida irmã, você é a pessoa mais atenciosa que conheço. Não vou ficar bem. Sempre me lembrarei de você. Sinto muito. Eu te amo".

A imprensa local divulgou uma nota manuscrita, aparentemente do irmão de um dos pilotos, colocada ao lado de um gimbap (um prato popular coreano) e uma bebida em um copo.

"Meu coração se parte quando penso na luta que você enfrentou sozinho (em seus momentos finais)", dizia.

"Você foi realmente incrível e se saiu muito bem, então espero que possa encontrar a felicidade em um lugar acolhedor. Obrigado e sinto muito".

Parentes das vítimas puderam visitar o local do acidente na quarta-feira para se despedir dos seus entes queridos.

Centenas de pessoas formaram uma imensa fila para prestar homenagens em um altar em memória das vítimas.