Acidente aéreo na Coreia do Sul matou 179 pessoasAFP
Confira o que se sabe sobre os últimos minutos do pior desastre aéreo da história da Coreia do Sul.
Choque com pássaros
Três minutos depois, a torre de controle alertou o piloto sobre a presença de pássaros.
Dois minutos depois, o piloto fez uma chamada de emergência anunciando "choque com pássaros, choque com pássaros", segundo o Ministério do Transporte.
De acordo com um deputado da oposição, que citou dados da administração aeroportuária da Coreia do Sul, Muan tem a maior taxa de colisões com aves do país. No entanto, os especialistas consideraram estranho que uma colisão com pássaros afetasse o funcionamento de componentes-chave do avião.
"Não é comum que um choque com pássaros cause a falha de ambos os motores do avião, mas parece que foi isso que aconteceu", disse Goo Nam-seo, professor de Ciência Aeroespacial na Universidade Konkuk, em Seul.
Agora, as autoridades investigam se o aeroporto estava cumprindo os regulamentos para evitar colisões com pássaros.
Tentativas de aterrissar
Às 09h02, o avião tentou pousar pela segunda vez na pista, mas, aparentemente, sem o trem de pouso.
Trem de pouso
Os bombeiros sul-coreanos e o Ministério dos Transportes sugerem que a possível colisão com pássaros teria danificado o trem de pouso.
Em alguns vídeos, o avião aparece colidindo contra essa instalação, localizada a 250 metros da pista.
Ainda assim, há dúvidas sobre o motivo pelo qual esse localizador foi instalado no final da pista, algo que, segundo especialistas, pode representar um perigo caso o avião saia dela.
A imprensa local informou que a instalação poderia violar as leis que exigem que as estruturas nos terrenos do aeroporto sejam feitas de materiais que se quebrem facilmente.
Últimas conversas
A outra caixa-preta, que contém os dados do voo, foi danificada e enviada aos Estados Unidos para análise.
O que acontece agora?
O Ministério do Transporte indicou que a descoberta da causa exata do acidente poderá demorar entre seis meses e três anos.
A investigação é conduzida pelas autoridades de segurança da aviação sul-coreanas, com o apoio da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos, que costuma apoiar casos como este no exterior.
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