Pedersen destacou que "uma transição política inclusiva é a forma mais eficaz de gerar confiança"AFP
"As decisões que forem tomadas hoje vão determinar o futuro a longo prazo. Existem oportunidades e riscos reais", advertiu Geir Pedersen durante reunião no Conselho de Segurança da ONU, um mês após a queda do regime de Bashar al Assad.
Pedersen pediu à Síria e à comunidade internacional que façam tudo o que for possível para que a próxima fase seja bem-sucedida.
Diante do desafio de unificar o país após mais de dez anos de guerra, o novo líder sírio, Ahmed al Sharaa, comprometeu-se a dissolver as facções armadas e a convocar eleições em um prazo de quatro anos, e com um diálogo nacional no qual estejam representados os diferentes grupos políticos e da sociedade síria.
"Existem oportunidades enormes para construir novas bases para uma paz duradoura e a estabilidade na Síria. Mas erros poderiam ameaçar o futuro do país."
O diplomata ressaltou sua preocupação com as atividades do Exército de Israel na região das Colinas de Golã, no sudoeste da Síria, principalmente na área ocupada por Israel na guerra de 1967 e anexada em 1981.
"Os ataques contra a soberania e a integridade territorial da Síria têm que parar. Esse tipo de violação, bem como os ataques aéreos de Israel em outras partes da Síria, podem colocar em risco as chances de uma transição política pacífica", alertou Pedersen.
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