Frazier foi condenado em 1996 pelo estupro e assassinato de Pauline BrownReprodução
Homem condenado por estupro e assassinato será executado nos EUA
Demetrius Frazier morrerá por inalação de nitrogênio
Demetrius Frazier, um americano de 52 anos condenado à morte há quase 30 anos pelo estupro e assassinato de uma mulher, será executado nesta quinta-feira (6) no Alabama. O método utilizado será a inalação de nitrogênio, uma prática amplamente criticada e que será empregada pela quarta vez no estado.
O Alabama é o único estado dos EUA a adotar esse protocolo, implementado há um ano. Enquanto outros estados recorrem à injeção letal, a execução por inalação de nitrogênio causa morte por hipóxia (falta de oxigênio). A ONU e a União Europeia condenam o método, classificando-o como "não comprovado" e potencialmente "cruel, desumano ou degradante".
Esta será a terceira execução nos Estados Unidos em 2025. Em 2024, foram registradas 25 execuções, e em 2023, 24. Frazier foi condenado em 1996 pelo estupro e assassinato de Pauline Brown, uma mulher de 40 anos, mãe de dois filhos, em Birmingham, Alabama. Ele invadiu o apartamento da vítima, a estuprou e atirou em sua cabeça.
Anos antes, no Michigan — estado que não aplica a pena de morte —, Frazier havia sido condenado à prisão perpétua pelo estupro e assassinato de Crystal Kendrick, uma adolescente de 14 anos, além de outros dois estupros. Transferido para o Alabama em 2011, Frazier teve seus recursos judiciais rejeitados, incluindo pedidos para permanecer no Michigan e contestar o método de execução.
A execução está marcada para as 18h00 (horário local) na prisão de Atmore, Alabama. A pena de morte, defendida por figuras como Donald Trump, foi abolida em 23 dos 50 estados americanos, enquanto outros três — Califórnia, Oregon e Pensilvânia — mantêm moratórias em vigor.
A controvérsia em torno do método de inalação de nitrogênio e a história criminal de Frazier reacendem o debate sobre a aplicação da pena de morte nos Estados Unidos.
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