Declaração foi dada pelo primeiro-ministro polonês, Donald TuskWojtek Radwanski/AFP

Polônia quer oferecer treinamento militar a 100.000 voluntários por ano, declarou o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, nesta terça-feira (11), ao apresentar um ambicioso plano para aumentar as reservas militares do país.
Sentindo a ameaça de seu vizinho russo, a Polônia lançou um importante programa de modernização do seu exército nos últimos anos.
Na sexta-feira, Tusk já havia proposto a ideia de um novo programa de formação militar para que cada adulto na Polônia fosse treinado "em caso de guerra" e para que o país tenha uma força de reserva militar "adaptada às potenciais ameaças".
Na terça-feira, o primeiro-ministro especificou que "em 2027 a Polônia será capaz de formar 100.000 voluntários por ano. Estou convencido de que não faltarão candidatos e, para nós, se trata de assegurar que todas as pessoas interessadas possam receber essa formação".
Os membros do governo também seguirão a formação militar, complementou.
O programa estará voltado para pessoas entre 18 e 60 anos e o governo utilizará todo tipo de incentivos para atrair os voluntários. Eles poderão seguir uma formação básica de um mês e depois, se desejarem, uma formação especializada complementar de onze meses.
Por exemplo, serão oferecidos cursos de condução profissional aos voluntários, inclusive para veículos pesados.
Atualmente, cerca de 35.000 pessoas, por ano, seguem uma formação militar básica similar.
Polônia está muito à frente dos seus aliados da Otan em relação aos termos do orçamento de defesa, com a intenção de dedicar 4,7% do seu PIB este ano.
Com uma população de quase 37,5 milhões de habitantes, a Polônia conta com um exército de mais de 200.000 soldados, que o torna a terceira maior força da Otan, depois dos Estados Unidos e Turquia.