A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi incluída na lista vermelha da Interpol nesta quinta-feira (5), segundo informações da jornalista Andréia Sadi.
À "CNN", a política informou estar na Itália, país do qual também possui cidadania. Na terça-feira (3), ela havia dito que estava nos Estados Unidos e que iria para o país europeu por possuir cidadania italiana.
A parlamentar deixou o Brasil após ser condenada a 10 anos de prisão, em meados de maio, por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserir documentos falsos na plataforma.
Entre as ações feitas por ela, estava a inclusão de um mandado de prisão falso contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Foi o próprio magistrado quem ordenou que a Polícia Federal pedisse à Interpol a inclusão do nome de Zambelli na lista vermelha.
Estar na lista vermelha da Interpol significa que uma pessoa está sendo procurada internacionalmente por um dos 196 países-membro da Organização Internacional de Polícia Criminal para extradição ou outras ações legais. Tanto os Estados Unidos quanto a Itália fazem parte do órgão.
Condenação
Por unanimidade, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu no dia 14 de maio, condenar a deputada federal Carla Zambelli(PL-SP) a dez anos de prisão por coordenar invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2023.
A mando dela, o hacker Walter Delgatti Neto inseriu um mandado falso de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes no sistema da Justiça. "Expeça-se o mandado de prisão em desfavor de mim mesmo, Alexandre de Moraes. Publique-se, intime-se e faz o L", dizia o documento falso.
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