Sistemas de defesa aérea israelenses são ativados para interceptar mísseis iranianos sobre a cidade de Tel Aviv Jalaa Marey

Israel e Irã protagonizaram neste domingo, 15, mais um dia de intensos ataques aéreos cruzados, no terceiro dia de um conflito que já deixou dezenas de civis mortos.

Israel mirou instalações militares e depósitos de combustível em território iraniano, incluindo "dezenas" de ataques contra infraestruturas que abrigam mísseis no oeste do Irã.

O Exército também anunciou a destruição de um avião iraniano de reabastecimento no aeroporto de Mashhad, a terceira maior cidade do país, no leste, bem como alvos em Teerã, a capital, incluindo o Ministério da Defesa e a chamada Organização de Inovação e Pesquisa em Defesa, considerada o coração do projeto iraniano para construir armas nucleares.

Paralelamente, o Irã lançou uma nova série de mísseis contra Israel, que atingiram vários pontos do país, segundo o Exército israelense.

Em Teerã, a televisão estatal anunciou a morte de ao menos cinco pessoas em um ataque israelense contra um edifício residencial. Segundo um jornalista da AFP, houve "duas explosões" nas proximidades do Ministério das Comunicações.

O governo iraniano anunciou que mesquitas, estações de metrô e escolas serviriam como abrigos para a população.

Ataque deliberado 
Por sua vez, o Ministério das Relações Exteriores do Irã acusou Israel de ter atacado "deliberadamente" um de seus edifícios, deixando vários feridos.

Um alto responsável militar iraniano, o coronel Reza Sayyad, porta-voz das forças armadas, prometeu uma resposta "devastadora" e advertiu que em breve Israel "não será habitável".

Desde o início do conflito, na sexta-feira, 13 pessoas morreram e 380 ficaram feridas em Israel, segundo as autoridades.

A campanha aérea em massa contra o Irã, lançada por Israel na sexta-feira, matou altos funcionários do regime iraniano, incluindo o chefe da Guarda Revolucionária e o chefe do Estado-Maior do Exército, além de nove cientistas do programa nuclear.

Segundo um alto funcionário dos Estados Unidos, Trump se opôs a um plano israelense para assassinar o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei.
Desenvolvimento de armas nucleares 
Tanto Israel quanto os países ocidentais acusam o Irã de querer se dotar de armas nucleares, algo que Teerã nega, ao mesmo tempo em que defende seu direito de desenvolver um programa nuclear civil.

"Se a agressão parar, nossa resposta também cessará", disse o ministro das Relações Exteriores iraniano, acusando Israel de tentar "inviabilizar" as negociações nucleares indiretas que haviam começado em abril com os Estados Unidos.

Ele também deu a entender que o chefe dos serviços de inteligência do Irã, Mohammad Kazemi, morreu em um ataque aéreo.