Jovens do povo Xhosa durante ritual 'ulwaluko'Arquivo/AFP/Agência O Dia

Uma cerimônia tribal na África do Sul deixou 39 adolescentes mortos após um ritual de circuncisão. A informação circulou na imprensa inglesa nesta quinta-feira (31).
Além dos mortos, dezenas de jovens ficaram feridos. O governo do país havia estabelecido uma meta de zero mortes para este ano, o que não foi alcançado. O número, no entanto, representou uma queda em comparação ao ano passado, quando 93 adolescentes sul-africanos foram vítimas fatais.
No total, 361 meninos morreram desta forma nos últimos cinco anos, uma média de 72 óbitos por ano.
Na África do Sul, o ritual de circuncisão é uma prática tradicional profundamente enraizada em algumas comunidades, especialmente entre os povos Xhosa e Sotho, onde marca a transição de meninos para a vida adulta.
Conhecido como "ulwaluko" entre os Xhosa, esse rito envolve o envio dos adolescentes para acampamentos isolados nas montanhas, onde passam semanas ou até meses em preparação física, espiritual e emocional.
A circuncisão em si é feita por um "cirurgião tradicional" sem as ferramentas médicas apropriadas. Apesar de ser algo tradicional em algumas tribos do país, esse ritual é muito criticado pelas mortes associadas e ele, além de complicações médicas.