A Europa, segunda região do mundo mais afetada pela pandemia, superou, no sábado, a marca de 400.000 mortes provocadas pelo novo coronavírus, no momento em vários países flexibilizam as restrições, com o desejo de recuperar parte da normalidade até o Natal.
Segundo um balanço atualizado pela AFP na manhã deste sábado, com base em dados oficiais dos países, a Europa registra desde o início da pandemia 401.516 vítimas fatais (e 17.634.090 contágios), atrás da América Latina e Caribe (444.036 mortes e 12.825.611 casos).
Nos últimos sete dias, o continente registrou mais de 36.000 mortes, o balanço mais grave em uma semana desde o início da pandemia, no começo do ano.
No total, dois terços dos óbitos na região aconteceram no Reino Unido (57.551), Itália (53.677), França (51.914), Espanha (44.668) e Rússia (39.068).
Apesar dos números, preocupantes em seu conjunto, a situação melhorou na maioria dos países, que parecem ter superado o pico da segunda onda.
Neste sábado, os estabelecimentos comerciais reabriram as portas na França e Polônia, com protocolos rígidos de saúde, que incluem a limitação do número de clientes nas lojas, por exemplo.
Irlandeses e belgas terão que esperar até terça-feira, 1º de dezembro, para retornar às lojas.
Longos meses de inverno Na Alemanha, as restrições talvez prossigam até a primavera (hemisfério norte, outono no Brasil), advertiu neste sábado o ministro da Economia, Peter Altmaier.
"Temos três ou quatro longos meses de inverno pela frente. Tudo dependerá da chegada das vacinas, mas é possível que as restrições sejam prolongadas durante os primeiros meses de 2021", disse o ministro ao jornal Die Welt.
A Alemanha, considerada durante a primeira onda um exemplo de gestão, foi atingida com força pela segunda e registra mais de 15.500 mortes por covid-19.
No Reino Unido, Gales vai reforçar as restrições nos pubs e restaurantes antes do Natal. Na Inglaterra, incluindo Londres, os 56 milhões de habitantes continuarão vivendo sob importantes restrições quando o segundo confinamento terminar ao final da próxima semana.
Em uma tentativa de contornar as restrições impostas pelo governo, alguns comerciantes britânicos utilizam a Carta Magna, texto fundador da democracia moderna, como justificativa para permanecerem abertos, apesar da discordância da polícia.
"Não estou violando nenhuma lei. Administro meu negócio com base no direito comum", afirma em um vídeo publicado nas redes sociais.