A atriz Tati Villela é nascida e criada no morro do Cubango.Divulgação
Tati se une a um elenco de peso que conta com Sheron Menezes, Carolina Dieckmann e Jonathan Haagensen. Na trama, ela contracena com José Loreto, que interpreta o cantor Lui Lorenzo e Renata Sorrah, que interpreta a mãe dele, Wilma.
Empolgada com a personagem Tati conta que a vê como uma super heroína. “Naira está me trazendo muita felicidade pela oportunidade de mostrar o meu trabalho para milhões de pessoas. Acredito que a arte serve para acalentar, alegrar e também para politizar”, afirma a atriz, que foi além e complementa:
Escrita por Rosane Svartman, autora de diversos sucessos na Globo, como as novelas “Totalmente Demais” e “Bom Sucesso”, “Vai na Fé” tem agradado o público. Dividindo cena com Renata Sorrah, Tati ressalta: “É interessante a construção que eu e Renata Sorrah estamos dando às nossas personagens. Elas apresentam intimidade, confiança e amizade. E não é aquele papo racista de falar que é da família. É um cuidado de alguém mais novo com alguém mais velho; que ama, que cuida, que respeita, que está atento, sobretudo por sermos duas mulheres.”
Para Tati, essa nova experiência, agora televisiva, tem sido muito gratificante e enriquecedora. “Tô muito feliz com meu trabalho e estou dando a sorte de estar numa novela com uma temática que chega até o povo, além de ter um grande número de atores pretos no elenco, o que me dá um acalento no coração de não estar sozinha”, pontua.
Villela iniciou sua caminhada na arte ainda pequena. Ao longo da vida, fez cursos de teatro e participou de diversos projetos culturais em busca de uma carreira artística. A arte, aliás, já estava no sangue da família, repleta de sambistas, compositores e escritores, mas nem todos puderam exercer plenamente os seus sonhos. “Tenho tias que cantavam lindamente, mas para conseguir se manter, precisaram buscar outros caminhos, e se tornaram empregadas domésticas e funcionárias públicas”, conta.
Tati acumula um vasto currículo no teatro e atualmente integra o time da Confraria do Impossível, um premiado grupo artístico negro que realiza intervenções culturais e políticas na cidade do Rio de Janeiro desde 2009. Além disso, atua como performer, compositora e dramaturga no Grupo Dembaia, um grupo formado por cinco mulheres pretas que desenvolvem um trabalho de sonoridades da África do Oeste e diáspora, como jazz, funk e blues. No cinema, já atuou em filmes, um deles, inclusive, chamado “Mundo Novo”, lhe rendeu o prêmio de ‘Melhor Atriz’ no Festival do Rio 2021.
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