Programa de coleta de lixo em Nova Iguaçu alcançou números recordes neste ano.Divulgação

O programa de Coleta Seletiva da Empresa Municipal de Limpeza Urbana da Prefeitura de Nova Iguaçu (Emlurb) alcançou números recordes nos primeiros quatro meses de 2023. Durante o período, o recolhimento de caixas, papelão, papéis, vidros, garrafas pets e sacos plásticos resultou em mais de 67 toneladas de recicláveis. Este número é superior a todo material obtido em todo o ano de 2021, por exemplo. Entre dezembro de 2020, quando o programa foi criado, até dezembro de 2022, foram recolhidas mais de 230 toneladas de resíduos.
Todo esse resíduo reciclável recolhido é entregue para a cooperativa conveniada que comercializa com indústrias de produção de produtos recicláveis. A coleta seletiva é a forma mais adequada para o descarte do lixo, reduzindo o material que vai para o aterro sanitário e gerando renda para uma cadeia produtiva.
De acordo com a assessora da Diretoria Técnica da Emlurb e responsável pela Coleta Seletiva, Anna Clara Ramos, o descarte racional evita a poluição do solo e das águas.
“Após fazer seu cadastro na Coleta Seletiva da Emlurb, o morador recebe um saco transparente para colocar todo o tipo de resíduo reciclável, separando aquilo que pode ser reaproveitando daqueles que não serão usados, como restos de comida. Após a coleta, o resíduo reciclável é levado para o Ecoponto, em Austin, para a separação de material e a entrega para a cooperativa de catadoras conveniada com a Emlurb, que destina para a indústria”, explicou.
Atualmente, a Coleta Seletiva conta com mais de 2.200 residências cadastradas em mais de 70 bairros, o que equivale a mais de sete mil pessoas participantes. Para se cadastrar, é preciso entrar em contato com a Emlurb pelos telefones 2768-8239 e 2768-9234 ou pelo e-mail tgo@emlurb-novaiguacu.rj.gov.br. A Coleta Seletiva é realizada semanalmente, de segunda a sábado, entre 7h e 15h20, de acordo com os bairros.
Morador do bairro de Santa Eugênia, o professor Marcos Passos, de 60 anos, se cadastrou no projeto há dois anos e acredita que a Coleta Seletiva é fundamental para combater a poluição ao meio ambiente.
“Esse programa é uma questão de sobrevivência para a humanidade e para o controle do lixo. É uma questão social. Separo garrafas pets, latas, caixa de leite, vidro de shampoo, entre outros para a reciclagem. É uma maneira de ajudar o meio ambiente e também na geração de renda para os catadores”, disse.
O aumento da adesão ao programa também está refletindo nos catadores que dependem do material reciclável para sobreviver. É o caso da catadora Marilza Reis Arariba, de 67 anos, 16 deles trabalhando na área. Na cooperativa CoopCarmo, conveniada à Emlurb, ela contou que houve um aumento em sua renda mensal.
“Vivo da renda de catadora de material reciclável. É o meu sustento. É importante que cada vez mais novas pessoas participem do programa”.