espaço de futuro para atender a crianças, jovens, adultos e idosos, em aulas que iluminam novos caminhosDivulgação

Nova Iguaçu - Referência em ações socioculturais na Zona Oeste e Zona Norte, a OSC Cidadania Sinfônica está completando 21 anos de fomento à educação através de iniciativas multidisciplinares. ‘Crias’ de Campo Grande, onde mantêm firme a base de tudo, o regente Rafael Rocha e o soprano Danielle Sardinha, casados, agora abrem horizontes na Baixada Fluminense, em Nova Iguaçu, região metropolitana do Rio, onde oferecem oficinas de arte e cultura aos moradores de baixa renda.
Mais precisamente, no Polo Km 32, espaço de futuro para atender a crianças, jovens, adultos e idosos, em aulas que iluminam novos caminhos. Pela iniciativa, o regente Rafael Rocha recebeu, nesta semana, o Prêmio Heloneida Studart na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
A permanente atividade na periferia fluminense dá o lastro para a criação do Polo Km 32. Sábado, 6 de dezembro, às 17h, na sede do projeto (na Avenida Nossa Senhora das Graças, 287 – Nova Iguaçu), será realizada uma apresentação dos alunos para convidados, amigos e familiares. Em 2026, o Polo Km 32 abre inscrições a partir de fevereiro.
A data para novas matrículas será publicada no Instagram @cidadaniasinfonica. Além da sensibilização através do ensino básico à música e dança, há também o objetivo de implementar um trabalho continuado que promova bem-estar e saúde mental aos alunos.
Perspectivas para moradores menos favorecidos
Na atualidade, a OSC conta com polos em Santa Cruz e Grande Tijuca, além deste no Km 32, em Nova Iguaçu. O principal e decisivo objetivo de cada núcleo é oferecer perspectivas para os moradores menos favorecidos. No Polo Km 32 os alunos estão engajados em aulas de balé, capoeira, violão, dança, prática de conjunto, bateria, teclado e canto coral.
“O projeto leva arte e cultura para uma região marcada por vulnerabilidades com o objetivo de oferecer mais oportunidades, estrutura e acesso à formação cultural para toda comunidade. É mais uma iniciativa para fortalecer a cultura nas periferias e incentivar novos talentos locais”, afirma o maestro Rafael Rocha.
“Neste projeto de oficinas culturais, em especial, o programa oferece atividades que abrangem várias outras expressões artísticas com o objetivo de mostrar a gama de possibilidades que os cidadãos locais têm para ocupar o tempo livre e expandir sua visão de mundo. E, por que não, inspirando escolhas profissionais no futuro?”, reflete a gestora Danielle Sardinha.
Danielle Sardinha conta que outro propósito do projeto é contratar prestadores de serviço da própria localidade. Assim, os instrutores e oficineiros também atuam como parceiros, em diálogo com a geração de renda, movimentando por sua vez a economia local, o que propicia maior engajamento no bairro.
“As oficinas culturais têm como eixo a socialização para inspirar a transformação de moradores na região. Também importa oferecer atividades de lazer, novos conhecimentos pró-saúde mental e bem-estar em geral”, explica.
Idade não é uma questão. Um dos alunos tem 70 anos. “Para apresentar os resultados dessa primeira iniciativa, vamos realizar um recital com todos os alunos a fim de que familiares e outros moradores possam conferir os resultados positivos de participar das aulas”, antecipa Danielle. Moradores de Campo Grande, o casal de músicos e professores é incansável no combate através da Cultura aos dilemas das periferias de grandes centros urbanos, como violência e evasão escolar.
“Já temos um polo em Santa Cruz e, em breve, vamos inaugurar nova unidade na Tijuca. Nossa perspectiva é abrir uma sede que seja nossa base na Tijuca”, disse Rafael.
O lastro para a solidez está sendo construído a cada ano, ao longo dos 21 anos. “Criamos o programa em 2004 quando ainda éramos estudantes de nível básico em música. Nesse início, o Rafael e eu reunimos alguns amigos com muita vontade de tocar e formamos uma banda sinfônica. Na época, eu tocava flauta transversa e ele dava seus primeiros passos como regente. A gente se reunia para ensaiar em locais alternativos como o porão de uma igreja, ou no quintal da casa de um colega, quando dava. Durante algum tempo, realizamos uma residência artística no Teatro Arthur Azevedo (FUNARJ). Foi quando entendemos que precisávamos de uma estrutura e nos organizamos como pessoa jurídica.”, complementou Danielle Sardinha.