Ricardo Lodi, ex-reitor da UerjDivulgação
Porém, embora indispensável, não é suficiente prender os “buchas”. É preciso alcançar os terroristas digitais e atingir também os financiadores que há meses vêm custeando todas essas atividades antidemocráticas. Imperioso ainda punir as autoridades de segurança, civis e militares, que, prevaricando por razões ideológicas, foram coniventes com os atos de terrorismo.
Mas nada disso será eficaz se o braço da lei não atingir Bolsonaro e seus filhos que passaram anos insuflando e instigando, por vários meios, a supressão violenta do Estado Democrático de Direito. A invasão dos Três Poderes está umbilicalmente ligada à família do ex-presidente. Sem a punição exemplar a eles, não há pacificação possível, ficando a democracia sempre sob a ameaça desses semeadores do caos, assassinos da liberdade e inimigos da lei.
Neste contexto, não cabe mais cogitar em liberdade de expressão ou manifestações pacíficas. Independentemente dos atos de vandalismo praticados, não há reunião pacífica entre aqueles que querem, por meio violento, abolir a democracia, que precisa se defender contra os que querem suprimi-la.
Não há mais espaço para hesitações ou falsa neutralidade. É hora de todos os democratas se mobilizarem, aproveitando a união institucional inédita provocada pela tentativa de golpe, e, sem tentativas de apaziguamento, vencer a guerra contra aqueles que querem pôr fim ao Estado Democrático de Direito.
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