Yedda Gaspar, presidente da FaaperjReginaldo Pimenta
Quantas vezes assistimos à tramitação rápida de projetos de interesse dos próprios deputados, como os das emendas? Quantas vezes deparamos com decisões tomadas em poucos dias, quando se trata de aumentar os próprios salários, que já são altos? Mas quantos anos temos esperado por aprovação de projetos de interesse de milhões de aposentados e pensionistas?
Pois é isso! A Casa Legislativa que é constituída por pessoas eleitas para defender a melhoria da qualidade de vida da população deixa de lado mais de 35 milhões de pessoas, que querem apenas viver com um pouco mais de dignidade.
Os Projetos de Lei 4.434/08 e 01/2007, por exemplo, que preveem melhoria para o arrocho salarial e a perda de poder aquisitivo da nossa classe, permanecem engavetados há mais de uma década.
Vou dar exemplo de outro: tramita, há três anos, o Projeto de Lei 3.022/20, que cria o auxílio-cuidador no valor de um salário mínimo para a pessoa idosa ou com deficiência que necessite de terceiros para realização das atividades de vida diária, de autoria das deputadas Maria do Rosário (PT-RS) e Rejane Dias (PT-PI).
Por que não tramitam com a mesma rapidez dos outros? E não venham dizer que desfalcaria o erário público, pois o projeto limita o benefício para quem tem o teto máximo de até quatro salários mínimos.
Com as sequelas da covid-19 e a perda em 40% do poder aquisitivo das viúvas, por exemplo, muitas ficaram desamparadas e sem o devido cuidado. É obrigação do Estado se preocupar com isso. E dos deputados federais trabalharem em prol daqueles que os elegeram.
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