William Douglas Resinente dos Santos reprodução
Vini Jr não tem experimentado muita hospitalidade por parte de grande número de espanhóis. Não são casos isolados. A intenção de conquistar a qualquer custo, seja um continente, seja um campeonato, faz com que muitos espanhóis sejam tão bélicos e hostis quanto os soldados de Cortéz. O único problema é que estamos falando de futebol, e séculos depois, em um mundo mais civilizado.
Cortéz e Vini Jr foram hóspedes em terra estranha. Cortes, confundido com divindade profetizada, foi bem recebido e mesmo assim violento. Vini Jr, com certeza divino em sua habilidade esportiva, está sendo mal recebido e derrama em solo espanhol as mais belas jogadas.
O encanto da arte futebolística deveria gerar alegria, e a vitória ser buscada da forma correta. Infelizmente, há muito de Cortéz em muitos espanhóis. Estamos sentindo falta de ver os espanhóis mais parecidos com a bondade de Don Quixote se manifestarem.
Pior, parece que há negação ou até orgulho, e não vergonha. Os alemães têm o mérito de se envergonhar dos massacres que produziram, e deles se desculpam. Não vemos a mesma atitude em muitos espanhóis, assim como nos belgas, com seu Rei Leopoldo II. Há alemães, belgas, brasileiros bons e maus, todos sabemos.
Os espanhóis não violentos precisam se manifestar e agir, sob pena de os racistas espanhóis deixarem em todo o planeta uma imagem feia de um povo e um país tão bonitos. Quem é tão pouco hospitaleiro, e mesmo hostil com suas visitas, termina sempre sendo mal vindo aonde for. Esse jeito Hernan Cortéz de maltratar quem lhe trata bem corre o risco de matar o Don Quixote que vemos quando olhamos a bandeira de Espanha.
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