Fábio Picanço, presidente da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Codin)Divulgação

Seiscentos e setenta e dois meses, aproximadamente 20 mil dias, cada um deles dedicados ao crescimento do território fluminense. A Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro completa 56 anos de fôlego renovado. Dirigindo a Codin há pouco mais de um mês, sou prova viva da dedicação de uma equipe focada na atração de novos investimentos. Uma ótima mistura de jovens profissionais aliados à experiência de um grupo de servidores que viram a instituição nascer, em 1967, quando a primeira sede foi instituída no Centro de Niterói, Estado da Guanabara.
Encontrei uma Companhia bem estruturada, beneficiada pela gestão qualificada do governador Cláudio Castro, que trouxe de volta a segurança jurídica que estimulou a abertura de mais de 34 mil novos negócios nos primeiros seis meses de 2023. Com muita responsabilidade, temos hoje um setor de incentivos fiscais ativo, inteligente e ético para com o empreendedor e que vem trazendo resultados muito positivos: no primeiro semestre deste ano, 89 processos de empresas interessadas em atuar no estado foram analisados pela Codin e deferidos pela Comissão Permanente de Políticas para o Desenvolvimento Econômico do Estado do Rio de Janeiro (CPPDE). Um serviço que pode gerar mais de oito mil empregos para a população fluminense e a injeção de R$ 9 bilhões em nossa economia.
A Codin faz parte de um time onde se destacam grandes parceiros, como a Secretaria Estadual da Fazenda, da Casa Civil e a Alerj. Um entrosamento que faz a produção industrial fluminense avançar 5,3% nos últimos 12 meses.
Quando o tema é industrialização do Rio de Janeiro, a história da Codin é riquíssima. Se no passado fomos responsáveis pela implantação dos dez distritos industriais fluminenses, pela criação de inúmeros outros polos de negócios, hoje trabalhamos junto à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços no Programa Distritos Industriais, concebido pelo secretário Vinícius Farah, onde R$ 400 milhões serão destinados à construção de 18 novos condomínios industriais em municípios estrategicamente distribuídos no estado. Nesse âmbito temos ainda a Zona de Processamento de Exportação do Açu, cujo projeto foi atualizado pela Codin de acordo com o Marco Legal das ZPEs, de forma que possa atrair diferentes indústrias, que devem atender prioritariamente ao mercado externo, mas terão flexibilidade para atuar também no mercado interno, tanto com produtos como serviços. Iniciativa que cria empregos, atrai investimentos estrangeiros voltados para as exportações e coloca as empresas nacionais em igualdade de condições com seus concorrentes localizados em outros países, que dispõem de mecanismos semelhantes.
Nesses 30 dias iniciais, investimos em avanços importantes em um mote fundamental para nossa direção: transparência. Estamos renovando nossas certificações pelo sistema de gestão antisuborno ISO 37001, de compliance ISO 37301 e indo além, em busca da adequação das regras da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Ferramentas e ações que tornam a Codin mais eficiente e reafirmam que estamos aptos a continuar abrindo as portas do Rio de Janeiro para o investidor por mais 56 anos.

Fábio Picanço
Presidente da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Codin)