Nos últimos anos, temos observado uma crescente cobrança da sociedade em relação a práticas ambientais, sociais e de governança (ESG) nas empresas. Organizações que não adotam critérios relacionados a essas três letrinhas, que, em inglês, significam "enviromental", "social" e "governance", já começam a ser impedidas de participar de licitações ou perder pontos nas concorrências. Uma nova realidade que, mais dia, menos dia, todos teremos que nos adequar.
Afinal, o planeta não suporta mais o impacto de ações predatórias das empresas sobre o meio ambiente. Por isso, a dimensão ambiental do ESG passa pela necessidade de as organizações adotarem práticas que minimizem e ou compensem seus danos à natureza.
Com a emergência climática batendo à porta, é fundamental que as empresas tenham um real compromisso com a sustentabilidade para que não percam a confiança dos consumidores e investidores – e não faltam meios de saber se as práticas propagadas são reais ou só da boca para fora.
No que diz respeito à dimensão social, as organizações estão cada vez mais reconhecendo a importância de promover práticas mais justas e inclusivas. Investir em diversidade, igualdade e condições de trabalho éticas são imperativos no século 21. Boas práticas na gestão de pessoas resultam na retenção de talentos – e o mercado de trabalho está ávido por isso, ainda mais numa era em que os jovens não demonstram apego ao seus empregos, como no passado.
Já a governança, terceiro pilar do ESG, refere-se às estruturas e práticas que orientam as tomadas de decisão nas organizações. Uma governança robusta é fundamental para evitar práticas empresariais antiéticas e para garantir a transparência. Empresas com sistemas de governança sólidos são mais resilientes a crises e melhor posicionadas para enfrentar desafios, construindo assim relações de confiança duradouras.
Ou seja, a adoção dos princípios ESG nas organizações não é apenas uma tendência, mas uma questão de sobrevivência. O ESG não é apenas uma abordagem ética das empresas em relação a planeta e à sociedade em que está inserida, mas também uma estratégia inteligente para enfrentar os desafios globais e garantir um futuro sustentável para si mesmas.
Alessandro Miranda Engenheiro, empreendedor e escreve no blog www.liderancaemais.com.br
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