Danielle BarrosDivulgação

Em um país onde as políticas públicas frequentemente sofrem com descontinuidade, o Rio de Janeiro vive, há seis anos, um movimento raro: um ciclo de gestão que combina planejamento, investimento na ponta, ações permanentes e resultados concretos no território. É exatamente o que ocorre no setor cultural do Estado.

No Governo Cláudio Castro, a cultura deixou de ser tratada como algo abstrato e passou a ser encarada como política pública concreta — com impacto direto na vida das pessoas. O fomento, antes irregular, tornou-se uma engrenagem permanente. Editais, incentivos e chamadas públicas foram estruturados para alcançar quem realmente precisa, dos grandes coletivos aos grupos que mantêm vivas as tradições nos territórios.

Nesse período, mais de R$ 1,5 bilhão foram investidos em editais que beneficiaram mais de 11 mil projetos culturais em todos os 92 municípios. Para além dos investimentos, programas como o Caminhos Criativos mostraram que talento não basta: é preciso acesso, orientação e oportunidade. Ver jovens ingressando em cursos gratuitos, descobrindo carreiras da economia criativa e se reconhecendo como protagonistas é um dos resultados mais transformadores desse ciclo.

A consolidação dessa política também se expressa no cuidado com os equipamentos culturais. Cinemas reconstruídos, espaços históricos restaurados e teatros que voltaram a respirar depois de anos sem investimentos revelam a força de uma gestão comprometida. De Paraty a Itaocara, novos e potentes espaços culturais ganharam vida e passaram a servir à arte. Quando um equipamento renasce, renasce também o entorno, a autoestima de um bairro e a presença do Estado onde antes havia abandono.

Nos territórios, o impacto é visível: projetos circulando, festivais retomados, mestres populares valorizados, municípios que jamais haviam recebido política pública de cultura agora ocupam seu lugar no mapa criativo do estado. A descentralização deixou de ser promessa e se tornou prática. A retomada do financiamento dos Pontos de Cultura e a redistribuição dos recursos consolidaram a rota de fortalecimento do setor.

Reconhecidamente, temos o território mais criativo do país. Após seis anos, o Rio de Janeiro entrega um legado construído com método, diálogo e sensibilidade. A cultura fluminense não apenas resistiu: ela se expandiu, se fortaleceu e se tornou instrumento real de transformação social. É a prova de que, quando a gestão pública acredita na potência da cultura, todo o território floresce.
Danielle Barros é secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro