Além do atraso no pagamento, funcionários reclamam das condições de trabalhoDivulgação
De acordo com eles, desde o dia 12 de abril, eles foram orientados pela prefeitura a ficarem em casa enquanto não são pagos. Segundo uma funcionária que não quis se identificar, eles chegaram a trabalhar sem receber. "No início, a orientação era que a gente precisava ir trabalhar para não ser considerado abandono de emprego. Mas como trabalhar sem receber?", indaga.
Uma outra contratada pela empresa diz que ficou sem respostas durante um tempo. "A empresa que nos contratou dizia que a prefeitura não havia repassado o valor contratado. Já a prefeitura falava que tinha pago, mas que a empresa estava em falta com a documentação. Um jogo de empurra-empurra", desabafa.
Além do atraso no pagamento, os funcionários reclamam das condições de trabalho. "Nós trabalhamos com lixo reciclável. As luvas que deram para nós rasgavam e tínhamos que trabalhar da mesma forma. A bota também era a mesma há oito meses", conta.
Com três meses de atraso, os funcionários estão se virando para arcar com as despesas. "A gente paga aluguel, precisa se alimentar, pagar as contas. Está muito difícil. Estou deixando de comprar remédios por falta de dinheiro", destaca. "Estou tentando me virar, vender reciclagem, fazer 'bicos' para pagar as contas mais importantes", detalha outra.
"O município de Porto Real, junto com a empresa, de comum acordo, optou por rescindir amigavelmente o Contrato Administrativo 029/2022, oportunidade em que a empresa se comprometeu a cumprir integralmente com os seus deveres patronais. Importante salientar que a rescisão do contrato resguardará todos os direitos trabalhistas dos colaboradores."
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