Rio - Uma enorme bandeira em homenagem ao traficante Fernando Gomes de Freitas, o Fernandinho Guarabu, de 40 anos, foi pendurada no Cemitério da Cacuia, na Ilha do Governador para o enterro do chefão do tráfico, nesta sexta-feira. O corpo de Guarabu foi enterrado no cemitério do bairro da Zona Norte do Rio na tarde de hoje.
Na bandeira, é possível ver diversas alusões ao ex-chefe do tráfico do Morro do Dendê, como por exemplo as letras "L" e "G", em alusão a um dos apelidos pelo qual ele era conhecido na comunidade. Além de Guarabu e LG, o traficante também era chamado de Cebolinha, Lopes ou Jonhy Fernando. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra também o que seria um baile funk realizado em homenagem ao traficante no Morro do Dendê.
Guarabu foi enterrado juntamente com outros aliados que morreram com ele, durante confronto com policiais militares, na madrugada desta quinta: Gilberto Coelho de Oliveira, o Gil, seu amigo de infância e braço direito, além de Paulo Cezar da Costa, o Piu, e Tiago Farias Costa, o Logan.
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O enterro do ex-PM Antônio Eugenio de Souza Freitas, o Batoré, mais um da quadrilha morto ontem, está marcado para este sábado, em horário ainda a ser definido, também no Cemitério da Cacuia.Bandeira pendurada no Cemitério da Cacuia para enterro desta sextaReprodução / Internet
POLICIAMENTO
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Temendo represá-lias de comparsas de Guarabu após a morte do traficante, a PM informou que mantém, desde ontem, equipes do Comando de Operações Especiais (COE) e do 17º BPM (Ilha do Governador) no bairro.
Nesta sexta, além do COE e do 17º BPM, também participam do reforço no policiamento agentes do 5º BPM (Praça da Harmonia), 6º BPM (Tijuca) e do 22º BPM (Maré).Guarabu (de branco) e Batoré (de boné) em flagra feito por câmera de segurança em um bunker da quadrilhaDivulgação / Polícia Civil
Em janeiro deste ano, o DIA revelou com exclusividade que Guarabu possuía uma extensa rede de proteção, que incluía militares do 17º BPM. Pelo menos 15 agentes da unidade repassavam informações ao traficante. Por isso, ele era considerado praticamente intocável pelas autoridades da Segurança Pública do Rio.Gil (de azul) e Guarabu (de branco)Arquivo Pessoal
A informação, ao qual o DIA teve acesso, foi repassada ao Disque Denúncia. O relato dizia que "homens fortemente armados com fuzis e granadas" chegaram nas comunidades por volta das 6h30 da manhã.
Os traficantes fizeram uma reunião, onde debateram ações como ataques a policiais e queima de ônibus. Os moradores das comunidades foram obrigados a ficar em suas residências.
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Corpo do traficante será enterrado nesta sextaReprodução / Internet
Bandeira pendurada no Cemitério da Cacuia para enterro desta sextaReprodução / Internet
Guarabu (de branco) e Batoré (de boné)Divulgação / Polícia Civil
Gil (à esquerda) e Guarabu (à direita)Arquivo Pessoal
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