Corpo de Julio Bueno será velado hoje no Memorial do Carmo  - Acham/Divulgação
Corpo de Julio Bueno será velado hoje no Memorial do Carmo Acham/Divulgação
Por PALOMA SAVEDRA
Rio - Morreu aos 64 anos, na manhã deste domingo, Julio Bueno, ex-secretário estadual de Fazenda do Rio de Janeiro. Julio sofreu um infarto fulminante, em casa, na capital fluminense. O velório será realizado nesta segunda-feira (19), das 10h às 11h, na Capela 7 do Memorial do Carmo, no Caju.

Engenheiro, o ex-secretário era funcionário de carreira da Petrobras, aposentado pela estatal desde 2016. Bueno foi presidente do Inmetro, no período de 1995 a 1999, e da BR Distribuidora no governo Fernando Henrique Cardoso.
Em 2003, assumiu a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Espírito Santo no governo de Paulo Hartung. Até que, em 2007, aceitou o cargo de secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado do Rio durante a gestão do ex-governador Sérgio Cabral.
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Bueno também chegou a comandar a Secretaria de Fazenda fluminense no governo Pezão, de fevereiro de 2015 a a julho de 2016, enfrentando a pior crise financeira da história do estado. Saiu do governo no final do ano de 2016. E estava trabalhando como consultor, além de escrever artigos para O DIA.
Sua passagem e experiência pelo Palácio Guanabara lhe rendeu ainda a obra 'Rio em transe: no núcleo da crise'. Escrito por Bueno e Jacqueline Farid — jornalista que o assessorou no estado —, o livro desvenda algumas causas da 'catástrofe' financeira e revela bastidores de quem acompanhou todo esse período turbulento.
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"Julio é a pessoa mais apaixonante e vibrante com quem já trabalhei. Um homem brilhante, culto, divertido, único. Estava muito triste por tudo que aconteceu com o Rio, que tanto amava, mas não desistia, tinha muito vigor e esperança. Vai fazer muita falta, tinha muito a contribuir ainda", declarou Farid.
Bueno escreveu um artigo para o jornal O DIA neste sábado falando sobre os Depósitos Judiciais.

Disputou presidência do Fluminense

Em 2010, Julio Bueno disputou à presidência do Fluminense, mas perdeu a eleição para Peter Siemsen. Nos anos 90, ele chegou a ocupar o cargo de vice-presidente de marketing do clube. Seu filho, Diogo, foi vice de finanças tricolor no início da gestão de Pedro Abad.