Publicado 19/07/2021 21:11
Rio - Uma investigação da 21ª DP (Bonsucesso) revelou que a maior quadrilha de roubos do estado usava reboques, caminhões e fuzis em seus ataques contra centros de distribuição de mercadorias e veículos que transportavam cigarros no Rio. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo. Chefiado por Leonardo Santos Costa Falcão, o Léo GTA, de 26 anos, preso no último sábado (17), o bando chegou a usar coletes semelhantes ao de controladores de tráfego para colocar um caminhão carregado de cigarros em um reboque na Avenida Brasil.
Segundo a Polícia Civil, a ação com reboque aconteceu no dia 17 de setembro e foi gravada por uma câmera de segurança que estava instalada no veículo roubado. As imagens mostram dois homens de coletes verdes, entre eles o próprio Léo GTA, engatando em um reboque o caminhão que transportava uma carga avaliada em mais de R$120 mil. O veículo havia sido bloqueado pela empresa. Uma patrulha tentou impedir a ação, mas foi alvejada. Dois PMs ficaram feridos na ação.
Ainda de acordo com a investigação, além do Complexo da Maré, a quadrilha também usa como base pontos em Jardim Gramacho, em Duque de Caxias, no Morro do Salgueiro, em São Gonçalo, e na comunidade do Guandu, em Japeri. Ela vinha sendo investigada há três anos e praticou mais de 82 ataques no período.
Prisão de Léo GTA
Policiais da 21ª DP (Bonsucesso) e agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) prenderam na manhã de sábado (17) um dos homens mais procurados do Rio. Leonardo Santos Costa Falcão, o Léo GTA, de 26 anos, foi localizado em um motel na Rodovia Washington Luís, na altura de Xerém, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Segundo a polícia, ele foi monitorado depois que conseguiu escapar da operação da PM nesta sexta-feira no Parque União, na Maré, que levou mais de 40 pessoas para a delegacia.
Além de responder pelos roubos da quadrilha, ele é apontado como homem de confiança do traficante Rodrigo da Silva Caetano, o Motoboy, de 40 anos, líder do tráfico de drogas da Nova Holanda, no Complexo da Maré. Juntos, GTA e Motoboy arrastam extensa ficha criminosa. A dupla responde por tráfico de drogas, associação para o tráfico, porte ilegal de arma de fogo, formação de quadrilha, homicídios, latrocínio e exploração de menores.
Eles e outros sete criminosos foram denunciados no assalto ao Centro de Distribuição do Grupo Pão de Açúcar, em Duque de Caxias, que terminou com a morte do vigilante Leandro Chaves da Silva e deixou outro ferido, em junho do ano passado.
Operação da PM na Maré
O Comando de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar realizou uma megaoperação nas favelas Nova Holanda e Parque União, no Complexo da Maré, na sexta-feira. A operação tinha o objetivo de impedir a organização de um baile funk patrocinado por traficantes. Houve confronto, mas segundo a polícia sem registro de feridos.
De acordo com a polícia, dos 40 suspeitos levados para a delegacia, apenas seis ficaram presos, dois em flagrante por tráfico de drogas e porte de armas e outros quatro que estavam com mandados de prisão em aberto por tráfico de outros crimes. A polícia afirma que não havia nenhuma liderança do tráfico nessas prisões.
Em nota, a assessoria da PM informou que houve apreensão de "um fuzil, um revólver e material para realização de evento festivo, entre bebidas, tendas e equipamentos de som". A Polícia confirmou que todo material apreendido estava dentro de uma escola, um Ciep, onde aconteceria o evento. Nenhuma pessoa se apresentou na delegacia como responsável pelo evento.
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