Publicado 22/04/2022 21:04 | Atualizado 23/04/2022 02:46
Rio - Uma viatura da Polícia Militar está estacionada, na noite desta sexta-feira, na Rua Frei Caneca, a poucos metros de onde aconteceu o acidente que matou a menina Raquel Antunes da Silva, de 11 anos. Segundo a coordenação de dispersão de um dos portões do Sambódromo, no Centro do Rio, a PM não costuma posicionar viaturas nesse ponto da rua.
Após a tragédia, os funcionários que atuam na dispersão não receberam nenhuma orientação diferente para os dois dias de desfiles do Grupo Especial.
"Nosso trabalho é do portão para dentro. O que aconteceu na rua não foi de responsabilidade das nossas equipes, nós não saímos de dentro do Sambódromo. Nosso trabalho é de orientar os carros alegóricos que saem da Avenida e dar suporte para que o espaço seja liberado", disse um dos funcionários que atua na dispersão.
O funcionário contou ainda que o veículo envolvido no acidente precisou ser cortado pois apresentou problemas na direção. "O carro saiu com a ajuda do reboque".
Após a tragédia, os funcionários que atuam na dispersão não receberam nenhuma orientação diferente para os dois dias de desfiles do Grupo Especial.
"Nosso trabalho é do portão para dentro. O que aconteceu na rua não foi de responsabilidade das nossas equipes, nós não saímos de dentro do Sambódromo. Nosso trabalho é de orientar os carros alegóricos que saem da Avenida e dar suporte para que o espaço seja liberado", disse um dos funcionários que atua na dispersão.
O funcionário contou ainda que o veículo envolvido no acidente precisou ser cortado pois apresentou problemas na direção. "O carro saiu com a ajuda do reboque".
Os familiares e amigos de Raquel chegaram a anunciar que organizariam uma manifestação nesta sexta-feira em homenagem à menina. Mas não houve sinal de protestos no local e nem nas proximidades da Marquês de Sapucaí.
Entenda o acidente
Raquel Antunes morreu na início da tarde desta sexta-feira no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio. Ela foi esmagada por um carro alegórico da escola de samba Em Cima da Hora, na noite desta quarta (20).
Na manhã de quinta, Raquel passou por uma cirurgia de seis horas de duração e precisou ter uma das pernas amputada por causa das graves lesões. Durante o procedimento, a menina teve uma parada cardiorrespiratória, mas foi reanimada.
Aline da Mota, pastora e amiga da família, contou que Raquel subiu no carro alegórico enquanto a mãe estava lanchando numa praça no Estácio, próximo da saída do Sambódromo. O veículo passou em um trecho estreito e as pernas da menina foram prensadas contra um poste.
O juiz Sandro Pitthan Espíndola, da 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso, acolheu pedido do Ministério Público do Rio (MPRJ) e determinou, nesta quinta-feira (21), a adoção de uma série de medidas para garantir a segurança de crianças e adolescentes nos desfiles das escolas de samba na Marquês de Sapucaí.
Escolas descumpriram normas de segurança
Nesta quinta-feira, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) disse que as escolas de sambas da Série Ouro, que desfilaram na noite desta quarta-feira, no Sambódromo, descumpriram normas de segurança determinadas previamente pela Justiça. De acordo com a pasta, no dia 21 de março, foi enviada uma recomendação para os organizadores do desfile que aponta a necessidade de segurança no momento da concentração e dispersão dos carros alegóricos.
"Providenciar seguranças aos carros alegóricos para evitar que crianças e adolescentes se coloquem em riscos, especialmente, nos momentos de concentração e dispersão das escolas de samba", diz um trecho do documento.
"Providenciar seguranças aos carros alegóricos para evitar que crianças e adolescentes se coloquem em riscos, especialmente, nos momentos de concentração e dispersão das escolas de samba", diz um trecho do documento.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, nenhuma das agremiações que desfilaram no primeiro dia da Série Ouro tinha regularizado os carros alegóricos. Das agremiações desta quinta, apenas quatro haviam entrado com pedido de regularização dos carros.
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