Frente Parlamentar de Combate à Violência Obstétrica e à Mortalidade Materna apresentou relatório final em audiência públicaThiago Lontra
O colegiado realizou quatro vistorias nas maternidades dos hospitais Estadual Azevedo Lima, Mário Niajar, Santa Cruz da Serra e Adão Pereira Nunes. Entre as principais recomendações estão a garantia de políticas públicas de fortalecimento do Sistema Único de Saúde (Sus), especialmente no que se trata de orçamento do estado, implantação de fluxo de transferência de gestantes e puérperas de forma a ter protocolo único e efetivo, melhoria de condições de trabalho e a adequação de salários dos profissionais de saúde para que sejam compatíveis com a sua ocupação.
Um dos pontos levantados na reunião foi a superlotação do Hospital Estadual Azevedo Lima, em Niterói, assim como a peregrinação de gestantes para a unidade de saúde para conseguir atendimento. Segundo o relatório, o hospital conta apenas com duas enfermeiras e cinco técnicos de enfermagem, e realiza de 18 a 20 procedimentos a cada 24 horas, entre cesarianas, curetagens e partos normais.
A deputada Enfermeira Rejane (PCdoB), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e integrante da frente, destacou a precariedade nas condições de trabalho dos profissionais de saúde. "Este relatório trouxe muitos subsídios para continuar a discussão após a conclusão da frente. Um dos principais problemas que a gente identifica é a questão dos recursos humanos, seja da enfermagem ou dos médicos. Essa questão repercute em várias outras, porque ela reflete na qualidade do parto e do atendimento à gestante", comentou.
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