Bombeiros ainda procuram por mulher e homem desaparecidosMarcos Porto/Agência O Dia
Publicado 07/02/2023 10:17
Rio - O naufrágio de uma embarcação na Baía de Guanabara, no último domingo (5), provocou a morte de, pelo menos, seis pessoas e o desaparecimento de outras duas. O acidente aconteceu quando a traineira que o grupo de 14 pessoas estava virou, na altura da Ilha de Paquetá, por conta do mau tempo que atingiu a cidade do Rio de Janeiro. Todos os passageiros eram conhecidos, entre amigos e familiares, e seguiam da Ilha Governador para a Ilha da Jurubaíba, em São Gonçalo, na Região Metropolitana. 
Acidente matou seis pessoas e deixou outras duas desaparecidas - Reprodução
Acidente matou seis pessoas e deixou outras duas desaparecidasReprodução
Na tarde de domingo, por volta das 17h, seis pessoas foram resgatadas com vida. Ana Paula de Souza, 46; Marcos Paulo da Silva Correia, 45; Ana Nilda dos Santos Soares, 43; Eric Pereira da Silva, 38; Caíque Gomes da Silva, 10; e Cauã Gomes da Silva, 14, receberam atendimento médico na Coordenação de Emergência Regional (CER) da Ilha do Governador e tiveram alta médica no mesmo dia. 
O trabalho dos bombeiros seguiu e no fim da noite, os corpos de uma mulher e dois homens foram localizados dentro da embarcação. Já na manhã de segunda-feira (6), foram encontrados uma mulher e uma criança sem vida também na traineira, além de um homem na altura do Vão Central da Ponte Rio-Niterói.
Os corpos foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Centro, e foram identificados como sendo de Juliana Gomes de Lana da Silva, 35 anos; Everson Costa de Assunção, 45 anos; Evandro José de Sena, 55 anos; Michele Bayerl de Moraes de Sena, 43 anos; Eduardo Borges da Silva Correa, 14 anos; e de Caio Gomes da Silva, de 3 anos. 
Juliana era mãe de Caio, também morto no acidente, Cauã e Caíque, além de esposa de Eric, que sobreviveram. Os corpos da mulher e do filho serão sepultados nesta terça-feira (7), no Cemitério da Cacuia, na Ilha do Governador, às 14h30 e 15h, respectivamente. Everson era tosador e, segundo familiares, morreu quando tentava salvar outros passageiros do acidente. A esposa dele, Ana Paula, foi resgatada com vida. O enterro do homem está previsto para às 14h, no mesmo local. 
Juliana Gomes de Lana da Silva, 35, morreu junto com o filho de 3 anos, Caio Gomes da Silva. Marido e outros dois filhos do casal sobreviveramReprodução/Redes Sociais
Everson Costa de Assunção, 45, era casado com a sobrevivente Ana Paula de Souza, 46Reprodução/Redes Sociais
Além deles, o casal Evandro José e Michele também não sobreviveu. A mulher chegou a publicar um vídeo do passeio em suas redes sociais, horas antes do naufrágio. Ela aparece de óculos escuros dentro do barco, mostra o mar e brinca sobre o passeio. "Olha 'aee' os humilhados sendo exaltados!!", escreveu ela. Nas imagens, o céu ainda está claro e a Baía de Guanabara calma. Não há informações sobre os sepultamentos das vítimas. A sexta vítima é Eduardo, filho de Marcos Paulo, comandante da traineira e sobrevivente. Até o momento, não há informações sobre o enterro do jovem.
Evandro José de Sena, 55, e Michele Bayerl de Moraes de Sena, 43, eram casados e não sobreviveramReprodução/Redes Sociais
Um cachorro também morreu no naufrágio. Nesta terça-feira, as buscas seguem com mais de 50 militares, entre guarda-vidas e mergulhadores, com apoio de lanchas, motos aquáticas, botes e aeronaves. Os bombeiros esperam localizar Isabel Cristina de Souza Borges, 38, mãe do adolescente morto, e Fábio Dantas Soares, de 46 anos, que é casado com Ana Nilda, resgatada com vida. 
Isabel Cristina de Souza Borges, 38, está desaparecidaReprodução/Redes Sociais
Ana Nilda dos Santos Soares, 43, é esposa de Fábio Dantas Soares, 46 Reprodução/Redes Sociais
Na tarde de ontem, o Corpo de Bombeiros retirou do mar a embarcação e a levou à Capitania dos Portos, para passar por perícia. A Marinha do Brasil informou que vai apurar as causas, circunstâncias e responsabilidades do naufrágio.  A 37ª DP (Ilha do Governador) também instaurou um inquérito para ouvir testemunhas e sobreviventes para analisar se houve negligência, imprudência ou imperícia. O comandante da embarcação será o primeiro a ser ouvido pela Polícia Civil, ainda nesta semana. 
Publicidade
Leia mais