Polícia Militar usou bombas de gás para tentar dispersar as torcidas da Jovem Fla e Força JovemReprodução/Redes Sociais

Rio - Das oito pessoas que chegaram a ser internadas, três permanecem sob os cuidados do Hospital Souza Aguiar, no Centro, após a briga entre organizadas do Flamengo e Vasco no domingo (5). Dentre eles, dois em estado grave: Éder dos Santos Eliasar, de 38 anos, e o motoboy Carlos Henrique da Silva Ferreira, 34 anos. O segundo passou por uma cirurgia após sofrer um traumatismo craniano e segue na UTI da unidade.
Em entrevista ao programa 'Bom Dia, Rio', da TV Globo, a mãe de Carlos Henrique disse que soube do ocorrido com o filho por causa de um vídeo que mostra ele sendo agredido.
"Minha comadre identificou ele através da filmagem e me mostrou. Levaram carteira, chave da moto, tudo. Ele chegou aqui sem qualquer identificação. É muito difícil saber assim que um filho da gente se encontra em uma situação dessas, uma ignorância. Banalizaram a vida do ser humano até chegar a esse ponto", afirmou.
Após o jogo, que terminou com a vitória do Vasco por 1 a 0, mais um caso de violência foi registrado. Policiais Militares do 6º BPM (Tijuca) foram acionados para verificar disparos de arma de fogo na Rua General Canabarro, próximo ao estádio do Maracanã. No local, os policiais se depararam com pessoas lançando garrafas contra um carro, já que um dos ocupantes teria efetuado os disparos. Os policiais tentaram realizar a abordagem, mas o homem fugiu.
Morte antes do jogo
Um homem morreu pouco antes do jogo entre Flamengo e Vasco, realizado neste domingo (5), no Maracanã, pelo Campeonato Carioca. Bruno Macedo dos Santos foi baleado momentos antes do clássico nas cercanias do estádio. Ele chegou a ser socorrido e levado para o Hospital Souza Aguiar, no Centro, mas não resistiu.
A morte de Bruno, entanto, não foi confirmada pela Polícia Militar como um incidente direto de organizadas dos dois clubes. O incidente ocorreu próximo ao local onde os torcedores entraram em conflito. O caso foi registrado na 17ª DP (São Cristóvão) e encaminhado à Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
Já a Associação Nacional das Torcidas Organizadas do Brasil (Anatorg) alegou que a morte de Bruno não tem relação com a briga. Segundo o presidente da associação, Luiz Claudio do Carmo, Bruno não estava na região onde aconteceu a briga entre as torcidas. "Esse fato aconteceu próximo a São Januário, em São Cristóvão. Causa estranheza essa morte ter sido inicialmente associada ao ocorrido no Maracanã", disse.