Julia Hemanuelly Farias, de 15 anos, foi morta asfixiadaReprodução

Rio - A Polícia Civil confirmou, nesta quinta-feira (9), que a ossada encontrada em São Joaquim, no município de Quatis, é da adolescente Julia Hemanuelly de Farias, de 15 anos, que estava desaparecida há cerca de um mês. O crime teria sido cometido pelo padrasto que, segundo polícia, admitiu o assassinato.

A confirmação da identidade da menor foi obtida após exame antropológico feito a partir de ossos e coordenado pela equipe do Instituto Médico Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Rio. Os peritos descobriram ainda que a menor foi morta por meio de esganadura, ou seja, asfixiada.

O desaparecimento foi registrado na 94ª DP (Piraí) pela mãe da adolescente, no dia 13 de fevereiro, em Piraí. A partir da denúncia foram encontrados diversos indícios que apontavam o padrasto como autor do crime. Em uma imagem capturada por câmeras de segurança ele aparece saindo de casa de carro no dia do ocorrido. No mesmo dia, testemunhas disseram ter visto o homem carregando um objeto grande, enrolado em um lençol, e colocando dentro do veículo. 
Segundo a Polícia Civil, o padrasto foi ouvido e foram feitos exames periciais no carro. Os resultados apontaram presença de sangue no interior do veículo, o que motivou o pedido de prisão temporária. O homem foi preso no dia 20 de fevereiro, em Volta Redonda, mas negou o crime.
Com a localização da ossada e o resultado da perícia, o padrasto voltou a ser ouvido e, dessa vez, assumiu ter cometido o crime, motivado após uma discussão com a enteada. 

"Em menos de um mês, o caso foi solucionado e o autor foi preso. O inquérito deve ser concluído nos próximos dias e vamos representar à Justiça pela prisão preventiva do acusado", disse o titular da 94ª DP, delegado Marcelo dos Santos Haddad.